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Os dentes das formigas-cortadeiras são tão resistentes como facas

Um novo estudo indica que as formigas-cortadeiras têm uma teia de átomos de zinco entrelaçados na estrutura biológica das mandíbulas, o que lhes dá a durabilidade de um conjunto de facas de aço inoxidável.

De acordo com o novo estudo, a distribuição suave do zinco permite que a borda dos dentes da formiga forme uma ponta fina e afiada.

Esta caraterística permite que estas formigas usem os seus mordedores afiados para cortar os seus alimentos com precisão.

Robert Schofield, principal autor do estudo, referiu ao Live Science que já tinha conhecimento que os dentes destas formigas tinham muito zinco, mas com esta nova pesquisa descobriu de que forma os pequenos átomos de metal contribuem para ajudar na sua picada.

Ao examinar a composição do material dos dentes da formiga-cortadeira, os investigadores foram capazes de calcular a dureza, nitidez e durabilidade dos dentes.

Os seus dentes são cobertos por uma camada de esmalte, um material rico em cálcio que é a substância mais dura do corpo humano.

Por outro lado, os minúsculos “dentes” serrilhados que revestem a borda interna da mandíbula de uma formiga são revestidos por uma mistura suave de proteínas cruzadas com zinco.

Esse material, conhecido como “biomaterial de elemento pesado” (HEB), combina facilmente com o esmalte de dente humano em termos de resistência. Também torna o dente das formigas muito mais hábil para fatiar e picar.

Os reforços metálicos estão muito presentes nos dentes de outras espécies de formigas.

Outros invertebrados também tecem zinco ou um metal semelhante, o manganês, nos seus minúsculos kits de ferramentas.

Schofield e sua equipa descobriram que minhocas gigantes contêm mandíbulas infundidas com até 18% de zinco. Da mesma forma, as picadas de escorpião e as presas de aranha empregam uma mistura de átomos de zinco e manganês para garantir que essas estruturas em forma de agulha possam perfurar a carne sem se partirem.

O estudo foi publicado em setembro na revista Scientific Reports.

ZAP //

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