A startup de robótica espacial GITAI e a Japan Aerospace Exploration Agency (JAXA) estão a unir esforços para produzir a primeira demonstração de robótica no Espaço por uma empresa privada.
O acordo assinado pela GITAI e pela JAXA surge no âmbito da iniciativa JAXA Space Innovation through Partnership and Co-Creation (J-SPARC) e tem como objetivo demonstrar o potencial dos robôs para automatizar o processamento de tarefas específicas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI).
A robótica está a alterar muitos aspectos das nossas vidas, mas pode ser especialmente atraente na exploração e aproveitamento do Espaço. Muitas tarefas, como experiências de microgravidade, requerem movimentos complexos, precisos e subtis que exigem um aparelho personalizado altamente especializado e caro. Ou um robô.
De acordo com o New Atlas, este acordo vai trabalhar várias formas de colocar os robôs a lidar com manutenção, experiências científicos e outras tarefas específicas a bordo da EEI.
Atualmente, a GITAI está a construir um braço robótico que será usado no módulo BISHOP Airlock na EEI para demonstrar a sua capacidade de realizar várias tarefas, incluindo ligar/desligar interruptores, conectar e desconectar cabos e montar painéis.
No entanto, o acordo tem em vista o desenvolvimento de sistemas robóticos para uso não apenas na EEI, mas também no posto avançado de Espaço profundo Gateway da NASA, no programa Artemis e noutras missões, tanto governamentais como privadas.
A tecnologia pode também encontrar aplicações em telemedicina, resgate e outras missões terrestres. Os robôs podem ajudar os astronautas no seu trabalho, mas também ajudar a promover a participação do setor privado no Espaço.
“Se esta iniciativa der origem ao desenvolvimento de robôs capazes de auxiliar no trabalho dos astronautas durante a missão Kibo, o resultado não será apenas o aumento da eficiência do seu trabalho, mas também várias pesquisas sofisticadas e a expansão da utilização de várias tecnologias no Espaço que levam à criação de inovações no terreno”, resumiu Kazuyoshi Kawasaki, da JAXA.