Democratas mantêm controlo no Senado e Biden assume que está “mais forte

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Pete Marovich / EPA

Joe Biden

O Partido Democrata irá manter o controlo da câmara alta do Congresso, o parlamento dos Estados Unidos (EUA), após Catherine Cortez Masto ter conquistado a última vaga no Senado em representação do estado do Nevada.

Segundo projeções da agência Associated Press, Cortez Masto tinha recebido até sábado o número de votos suficiente para garantir a vitória sobre o candidato republicano Adam Laxalt, apoiado pelo ex-Presidente Donald Trump.

A democrata, a primeira mulher hispânica a ser eleita para o Senado, tinha uma vantagem de milhares de votos face a Laxalt, sendo que a maioria dos boletins ainda por contar vêm do condado de Clark.

O republicano Adam Laxalt tinha reconhecido, no Twitter, que “a janela de vitória se reduziu”, uma vez que Clark, que inclui a cidade de Las Vegas, é um condado tradicionalmente democrata.

A contagem de votos levou vários dias, em parte por causa do sistema de votação por correio criado pelo parlamento estadual do Nevada em 2020, que exige que os condados aceitem votos enviados no dia da eleição (terça-feira), se chegarem até quatro dias depois.

Catherine Cortez Masto concentrou a sua campanha para o Senado na crescente ameaça ao acesso ao aborto em todo o país e prometeu um caminho permanente para a cidadania norte-americana aos imigrantes sem documentos que chegaram ao país antes dos 18 anos.

Com a vitória de Cortez Masto confirmada, os democratas conseguem 50 assentos no Senado, mais um que os republicanos, num total de 100 assentos em disputa.

Mesmo que os republicanos vençam o último lugar ‘disponível’, que está a ser disputado no estado de Geórgia, só conseguirão um empate a 50 lugares no Senado. Nessa situação, algo que acontece atualmente na câmara alta do Congresso, a vice-Presidente Kamala Harris (democrata) fica com o voto de desempate.

Com o controlo do Senado, os democratas garantem um processo mais suave para as nomeações do executivo e escolhas de juízes, incluindo aquelas para possíveis lugares no Supremo Tribunal, nos dois últimos anos do mandato do Presidente dos EUA Joe Biden.

O Senado poderá ainda rejeitar qualquer legislação aprovada pela câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, onde os republicanos ainda podem conquistar a maioria.

Com 435 cadeiras em jogo e a contagem de votos ainda em andamento, as projeções da Associated Press colocam os republicanos à frente, concedendo-lhes 211 assentos e 203 aos democratas, sendo 218 necessários para formar uma maioria na Câmara de Representantes.

Ao quinto dia de contagem de votos, os republicanos ainda lideram a corrida pela maioria na câmara baixa, mas têm perdido ‘velocidade’ para os democratas.

À medida que a contagem continua, particularmente em estados que aderiram massivamente ao voto por correspondência, os democratas têm vencido a maior parte das disputas mais apertadas.

Biden diz-se “mais forte”

Biden disse estar numa posição “mais forte” para um encontro com o líder chinês, Xi Jinping, após os democratas terem mantido o controlo da câmara alta do parlamento norte-americano.

“Sinto-me bem e estou ansioso pelos próximos dois anos”, disse Biden na capital do Camboja, Phnom Penh, onde termina hoje a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

“Sei que estou a chegar mais forte”, disse aos jornalistas Biden, que se vai encontrar com Xi na segunda-feira, na ilha indonésia de Bali, à margem da cimeira do grupo das 20 economias mais desenvolvidas (G20).

“Conheço Xi Jinping, ele conhece-me”, acrescentou Biden, dizendo que sempre tiveram “discussões francas”. O atual Presidente norte-americano era vice-Presidente em 2012, quando Xi foi escolhido para liderar o Partido Comunista Chinês.

“Temos muito poucos desentendimentos. Só precisamos de determinar quais são as linhas vermelhas”, disse Biden.

Os líderes das duas maiores economias mundiais têm falado por telefone em numerosas ocasiões desde que Biden se tornou Presidente, em janeiro de 2021. Mas a pandemia de covid-19 e a aversão de Xi às viagens ao estrangeiro impediram os dois líderes de se encontrarem pessoalmente.

Lusa //

3 Comments

  1. O sistema eleitoral nos Estados Unidos da América (EUA) está completamente quebrado e corrompido. No Condado de County e no Estado do Arizona as máquinas de voto não funcionam, os eleitores são forçados a ficar horas e horas na bicha para votar. Uma vez mais os liberais fraudaram e roubaram as eleições, se nada for feito para corrigir as irregularidades e condenar os autores dos crimes eleitorais, os EUA poderão entrar em guerra-civil.

  2. O que o Figueiredo quer dizer, é que depois de terem tido como presidente um criminoso como o Trump, os (EUA) estão todos podres e corrompidos, aparecendo com mais evidência a sensação que já tínhamos de que o seu povo é o mais estúpido do mundo.

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