Demissão de CEO da Galp gera interesse numa possível compra da petrolífera

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Maria Pimentel / Wikimedia

Paula Amorim, presidente do conselho de administração da Galp

Uma análise do Royal Bank of Canada antecipa uma provável aquisição ou fusão da petrolífera portuguesa, com a norte-americana Chevron na dianteira.

A petrolífera Galp enfrenta um momento de transformação, marcado pela saída inesperada do CEO Filipe Silva, o quarto executivo a deixar a empresa desde que Paula Amorim assumiu a presidência do conselho de administração.

Enquanto isso, a empresa atrai atenções do mercado devido ao crescimento das suas operações na Namíbia e no Brasil, podendo tornar-se alvo de uma fusão ou aquisição. Entre os potenciais interessados, destaca-se a norte-americana Chevron, segundo uma análise do Royal Bank of Canada (RBC).

A estratégia da Galp tem se focado na transição energética e na reorganização do portefólio de exploração e produção de petróleo e gás. Em 2023, a petrolífera vendeu ativos em Angola à Somoil por 830 milhões de dólares (777,2 milhões de euros) e, anteriormente, desinvestiu em Moçambique ao transferir a participação para a ADNOC.

Agora, a Galp concentra esforços em projetos promissores, como o pré-sal da bacia de Santos, no Brasil, e novas descobertas na Namíbia, onde planeia alienar 40% da sua participação para financiar operações.

Segundo o RBC, esta reorganização, aliada ao crescimento esperado do projeto Bacalhau no Brasil, torna a Galp uma candidata atrativa para aquisições. Biraj Borkhataria, analista do RBC Europe, reforça que “a surpreendente saída do CEO só deverá alimentar as expectativas” de fusão e aquisição, cita o Jornal de Negócios.

A demissão de Filipe Silva ocorreu após uma denúncia interna sobre um possível conflito de interesses devido a uma relação amorosa não reportada com uma subordinada. Em dois anos como CEO, Silva supervisionou uma valorização significativa das ações da Galp, impulsionada pelas descobertas na Namíbia.

Apesar da saída, os analistas mantêm otimismo sobre o futuro da Galp. O preço-alvo médio das ações, fixado em 20,06 euros, sugere um potencial de valorização de 25%. Do total de 25 casas de investimento que acompanham o título, 12 recomendam a compra, 10 sugerem manter e apenas três indicam venda.

ZAP //

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1 Comment

  1. Tricas, micas e armadilhas para pôr fora quanto mais gente possível, para que o “pacote” da venda seja a dividir por menos pessoal… Dá sempre jeito…

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