ZAP // Miguel A. Lopes, Manuel Fernando Araújo / Lusa

O “irritado” não conseguiu descarrilar o moderado como tanto queria. Ventura teve uma lição de política de Pedro Nuno Santos.
Debate aceso esta terça-feira entre um Pedro Nuno Santos escudado perante as armas moles de um André Ventura cansado — e cansativo.
O líder do Chega enjoou ao trazer o mesmo prato de sempre: ataque e mais ataque, a pensar no seu nicho, enquanto Pedro Nuno esteve sempre à altura com superioridade, moderado, focado nas suas propostas, sem procurar hostilizar o adversário “irritado” (segundo o próprio), que por sua vez não conseguiu desalinhar o líder socialista — e bem o tentou fazer, neste frente-a-frente na TVI.
Muitas vezes sem respeitar o tempo de Pedro Nuno, Ventura partiu desde cedo para ataques pessoais, procurando colar o socialista e o ex-primeiro-ministro António Costa no mesmo retângulo da caderneta, num debate em que só o secretário-geral do PS tinha já um programa eleitoral para servir de alvo (Ventura prometeu o programa do Chega para esta quinta-feira).
O “destruidor” contra o “irresponsável”
Questionado sobre economia e impostos, Ventura defendeu o fim do acordo do Mercosul e tentou rapidamente virar-se para o tema que diz ser “inevitável”: a imigração, a sua bandeira que, mais tarde, curiosamente, iria ser a sua maior inimiga frente a um Pedro Nuno implacável.
“Devemos dar prioridade aos europeus”, disse Ventura, culpando “os amigos” socialistas de Pedro Nuno Santos de toda a Europa pela “bandalheira” que diz viver-se e apontando o dedo à economia chinesa infiltrada em Portugal, que diz terem destruído os setores de calçado e têxtil. “Temos de proteger”.
E apontou tudo contra Pedro Nuno. “O homem que está à minha frente destruiu a economia”, referindo que “deu cabo da TAP, da ferrovia e da CP”, ao que o líder socialista respondeu: “deixei a TAP e a CP a dar lucro”.
“Ventura está do lado dos portugueses ou de Donald Trump?”, questionou Pedro Nuno, referindo o impacto “profundamente negativo” para os portugueses das tarifas impostas pelos EUA à União Europeia.
“Ventura não compreende o básico da economia portuguesa“, rematou Pedro Nuno: “as nossas propostas têm consideração e têm impacto na redução dos preços. O programa do Chega baixa os impostos e a despesa toda, é uma irresponsabilidade“.
Gabando-se do seu programa “cauteloso e prudente”, Pedro Nuno disse que “essa corrida protecionista que André Ventura defende iria prejudicar e ter um dano tremendo na economia nacional”. O secretário-geral do PS atirou: Ventura “fala alto, braceja, mas não diz nada de concreto”.
Entretanto, André Ventura ia tentando colar Pedro Nuno a Costa: “é herdeiro do pior que a nossa governação teve”, quer “sacar a quem trabalha e a quem investe”, seguindo na sua visão a lógica do partido: “PS tem a lógica de taxar, taxar, taxar para distribuir aos parasitas que não querem fazer nada”.
“Como é que alguém que não conseguiu gerir um ministério vai gerir todos?”, questionou virado para Pedro Nuno. E lembrou que Pedro Nuno também chumbou uma proposta do Chega para IVA zero na habitação.
“Há quem me acuse de ser radical, mas comigo vai ser assim: cortar a direito“, garantiu Ventura.
IUC deixou Ventura “irritado”
A certo ponto, Ventura pegou no IUC e não o largou.
“Porque é que antes defendeu que devia subir e agora que se deve baixar?”, perguntou a Pedro Nuno, acusando-o de mudar de opinião face ao governo de Costa e de agora estar a fazer “eleitoralismo público”.
Pedro Nuno garantiu que “foi contra o aumento do IUC”, o que irritou Ventura.
“Está a irritar-me“, avisou o líder do Chega: “irrita-me, irrita-me, irrita-me, são 50 anos”.
“A mim também me irrita o que Ventura diz, mas tenho de ouvir”, respondeu Pedro Nuno, que apontou que o programa do PS quer baixar o IUC “para as famílias que trabalham, para quem usa o carro para ir trabalhar”.
Pedro Nuno “nada tem a ver o partido socialista”, disse Ventura.
A “farpa” que matou Ventura na sua praia
Pedro Nuno a frisar que a imigração “não é para extremos”, que o PS defende uma imigração “regulada, com regras e canais legais de entrada” e que quer dar incentivos a “quem quiser entrar no país por vias legais”. A manifestação de interesse “pode ter feito sentido” no passado, mas dá incentivos errados”.
Pedro Nuno mostrou-se também a favor da via verde para a imigração que entrou esta semana em vigor. Ventura propõe quotas para a imigração e rejeita via verde: “é de génio”, ironizou.
A certa altura, Pedro Nuno mandou a “farpa” a Ventura que ditou o tom do resto da discussão da imigração.
“Temos de falar a verdade. Ventura mente sistematicamente sobre imigração, o Chega precisa de um inimigo para existir”, acusou — e Ventura deu-lhe razão.
O líder do Chega voltou a ligar o número elevado de imigrantes ao aumento da criminalidade, com Pedro Nuno a lembrar que essa ligação não existe, citando o diretor da PJ, Luís Neves, que já a negou anteriormente.
Ventura acusou ainda o PS de acabar com o SEF, algo que “nunca devia ter acontecido”, e culpou Pedro Nuno Santos pela “bandalheira”, sem avançar com factos em concreto além de que “o crime está a aumentar” e que “há muitos gangues”. E recorreu ao caso recente do bar Académico, em Braga — em que um jovem morreu após ter sido esfaqueado por um grupo, depois de avisar o segurança do estabelecimento de que raparigas estavam a ser drogadas pelo mesmo grupo — para o justificar. “Foram drogadas por gangues de brasileiros”, atirou.
Depois de dizer que as quotas “não funcionaram” e de acusar Ventura de “usar a tragédia de Braga para alimentar ódio em Portugal”, Pedro Nuno procurou (com sucesso) isolar Ventura dos portugueses, depois de este dizer que, se vier a governar, “neste país quem comete um crime é algemado e enviado de volta para o pais dele”.
“Nós somos contra todos os crimes, praticados por todos, não discriminamos“, disse Pedro Nuno: “quero garantir que quem comete um crime em Portugal cumpre a pena; Ventura diz que devem ser expulsos e não consegue garantir que quem comete crime contra portugueses cumpra pena lá fora”.
Houve ainda espaço para Ventura ameaçar de despedimento o diretor do Observatório das Migrações: “se eu for primeiro ministro, digo-lhe aqui, cara a cara: o meu primeiro dia é o seu ultimo”.
Ética: quem dá “péssimo exemplo”?
Sobre o caso Spinumviva que deitou abaixo o governo de Luís Montenegro, Ventura entrou pelo mesmo jogo, associando outra vez o ainda primeiro-ministro (e Pedro Nuno) ao ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Pedro Nuno disse que “leva muito a sério” a corrupção e diz que trará um PS “sem tréguas”.
“Ventura e Chega não têm autoridade moral para apontar dedos”, atirou, trazendo a deputada Cristina Rodrigues à mesa. “A bancada com mais problemas com a justiça é a do Chega”, disse, enquanto Ventura reforçava que “pugnar pela ética e meter Hugo Mendes, da famosa indemnização da TAP, nas listas do PS é dar um péssimo exemplo” e apresentava uma resma com os casos do PS “nos 50 anos de corrupção”.
Neste debate os Portugueses tiveram mais uma prova que o Partido Chega é uma força política do regime, pertence ao sistema.
O Chega foi criado para perseguir, prejudicar, e destituir o Presidente Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata e da oposição: «André Ventura lança movimento para destituir Rui Rio» (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970).
Na altura o auto-denominado «movimento Chega» representava e representa o dr. Pedro Coelho e o seu bando, ou seja a facção liberal/maçónica e centralista do PSD que é contra a linha de Francisco Sá Carneiro, a social-democracia, a regionalização, o Interesse Nacional, e o republicanismo, sendo estes princípios e valores representados pelo Presidente Rui Rio.
Mais tarde o movimento dá origem ao Partido Chega com o objectivo de roubar votos ao Partido Social Democrata – que se tornou uma força política completamente moribunda e descredibilizada pelo dr. Pedro Coelho – prejudicando assim o PSD e o Presidente Rui Rio nas Eleições Legislativas de 2022.
O Partido Chega é uma fraude, uma força política liberal/maçónica criada para tentar manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 assim como o sistema político-constitucional ainda em vigor.
O Partido Chega representa os interesses do Partido Socialista e os seus aliados, do dr. Pedro Coelho e seu bando.
Os Portugueses ingénuos ou mais distraídos que apoiam e votam no Partido Chega têm de perceber que estão a ser enganados.
Engoliu numa cassete riscada em 1945 e ainda duuuurrrraaa….Bot!
Os portugueses até podem estar a ser enganados pelo desVentura, aí concordo parcialmente (só alguns portugueses). Quanto ao resto, é o seu habitual desvario alucinado – ou seja, não se aproveita nada.
O comunismo está mais que ultrapassado, esqueça isso! A medida que os idosos com pouca literacia morrem o partido desaparece!
O PSD é que anda a enganr os portugueses há 50 Anos!
O PSD , as pessoas que por andam, são todos com o Gene de Ditadores.
No 25.4 , a Massa Cinzenta do Pais, o Sr. Engenheiro e o Sr. Doutor andavam todos enfiados no MRPP. Quando viram que o povo não queria Marxismos, sairam lá todos e foram para o PSD, que era o partido “promissor”. Um exemplo disso foi o DUrao Barroso, e há outro um tal de Miguel Sousa.
Portanto, é um partido com gente Autoritaria, Ditadora, Persiguidora escondidos numa capa de Democratas,
Nas instituições abunda cabroes desses dos PSD que são Donos daquilo.
O que é que acha sobre aquilo do Albuquerque de ir votos sendo arguido? É a manifestação de um tirano, ditador do tipo Hitler e Estaline!
Outro, disse o Jardim uma vez_ “Voces que façam, cá estou eu para resolver depois”. quer dizer o gajo incita os Estalines que ela instalou a se comportarem como Estalines, aqui quem manda sou eu.
Umas raposas mal intencionadas a se fazerem passar por gente Idonea e responsavel.
Totalmente evidente de quem teve um bom debate. Os os apoiantes do PNS não veem a realidade, mas vão aprender da pior forma… uma derrota novamente.
Não posso com o líder do Chega, mas dizer que o Pedro Nuno Santos o abateu no debate? O Ventura aproveitou para atacar no “podres” deste candidato do PS. Quer baixar o IUC “para as famílias que trabalham, para quem usa o carro para ir trabalhar” quando nunca o fez, durante os anos em que lá esteve? É apenas um dos exemplos.
Eu não entendo como o PS escolheu uma pessoa destas para liderar o partido.
Rita Moreira o PS.fez bem em escolher PNS. para secretário geral e se você não se revê nele tem aí o Desventura do antigo regime.
Vamos ver se todas estas opiniões de pseudo jornalistas, pseudo especialistas e pseudo comentadores televisivos não ajudam a dar ainda mais votos ao “irresponsável”.
Como é que é possível debater com alguém que se faz de sonso com tudo o que fez nos desgovernos anteriores. Ora, como António Costa, não se passou nada nos desgovernos de Sócrates, não se apercebeu de nada, no fundo, não é nada comigo.
Descaramento, desconsideração pelos portugueses tratando-os como parvos, portanto, meus caros, se querem manter a corrupção e o empobrecimento, força, depois não digam que não foram avisados, assim como o CHEGA foi o único partido que alertou em tempo a desregulação da imigração e foram acusados de tudo: racistas, xenófobos, fascistas, etc. Abram os olhos! Estamos sempre a correr atrás do prejuízo por responsabilidade de gente incompetente e inútil.
Já não chega o comité de freteiros/comentadores a valorizarem este tipo de indivíduos um pouco à imagem do que são – incompetentes e hipócritas.
“Quando concedes uma terceira hipótese à incompetência, a responsabilidade pelo insucesso passa a ser tua.” – Adriana de Souza
“Quando observares a corrupção a ser recompensada e a honestidade a converter-se em autossacrifício; então poderás constatar que a tua sociedade está condenada.” – Ayn Rand
Lol. Abateu o quê? 3 pombos? PNS já mostrou como gere ministérios, Ventura ainda não teve a oportunidade. Por isso tirar mérito a Ventura é má fé e preconceito.
Ventura = execrável
Esta e outras baratas da política, têm de ser abatidas para sempre.
É engraçado que os dois não votam para o mesmo peditório.
André Ventura vs Pedro Nuno Santos: foi um debate com dois comediantes.
Um utiliza a cassete da corrupção e da imigração descontrolada. Ora diz uma coisa, ora diz outra sobre o mesmo assunto.
O outro nunca fez nada. É um anjo. Aliás, em tudo o que mexeu fez bem e agora dá tudo a toda a gente. Até apoia as políticas do Governo quanto à imigração. Convertido!
Artistas da comédia!
Os Tugas são um espetáculo choram que são pobres e que este pais não sai da miséria, no entanto são os melhores analistas políticos e defendem há 50 anos o seu partido do coração. talvez daqui a nova geração seja um pouco mais esperta, há que ter fé.