Irlanda em choque: dança “manchada” por manipulação e sexo

Referência a nível mundial, a dança irlandesa abalou nos últimos dias. Pode ter havido resultados manipulados em troca de favores sexuais.

A República da Irlanda está em choque nos últimos dias devido a um escândalo que “mancha” a sua dança, uma referência mundial e uma das vertentes irlandesas mais conhecidas.

Pode ter havido resultados manipulados em troca de favores sexuais.

A polémica surgiu na semana passada, numa reportagem do Irish Independent, centrada na An Coimisiún Le Rincí Gaelacha (CRLG), a entidade governamental mais antiga do país ligada à dança.

O maior escândalo de manipulação de sempre envolve pelo menos 18 professores, em competições realizadas em Julho deste ano.

Capturas de ecrã, de conversas privadas, demonstram que os docentes manipularam, ou ofereceram-se para manipular resultados, a favor dos seus alunos, beneficiando das suas ligações com os juízes.

Num dos casos, um professor de dança e um juiz de uma competição trocam, alegadamente, favores sexuais em troca de resultados superiores.

Um dos professores supostamente envolvidos no esquema já tinha sido acusado de interferir em resultados noutras competições.

O problema não afecta apenas a dança. Prejudica a própria imagem da República da Irlanda, destacou a senadora do Partido Trabalhista, Marie Sherlock.

“Isto é muito sério para a Irlanda na cena global e há denúncias muito sérias de manipulação de resultados”, começou por avisar, no canal Euronews.

“Temos de ver acções concretas de forma a dar garantias às crianças e aos jovens que consagraram as vidas à dança e ter em mente que são as crianças que estão no centro destas alegações. Foram elas que foram enganadas e por isso precisamos de acções concretas para limpar a dança irlandesa”, apelou a senadora.

A CRLG não fala com a comunicação social. Emitiu um comunicado admitindo possíveis “várias violações graves” do seu código de conduta e que não tolera esse comportamento.

E a mesma entidade pública nomeou um magistrado reformado para investigar as denúncias, a quem caberá determinar se este é um caso de polícia e se vai seguir para os tribunais.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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