Entre auto-sabotagem, as críticas aos outros, a indecisão ou a rejeição. Criticar constantemente uma criança terá efeitos permanentes.
É um dilema constante para mães e pais: deve-se criticar, apontar o dedo ao filho, quando a criança age de uma forma com a qual não concordamos, que achamos incorreta?
Por vezes, os pais até nem querem criticar, têm por princípio nunca criticar. Mas no momento… A quente…
Nu artigo na Parade, a psicóloga Brittany McGeehan avisa que criticar constantemente uma criança tem impacto naquela pessoa, quando se tornar adulta. Mais concretamente, carregam impactos emocionais que influenciam as suas relações.
Os oito desafios mais comuns relacionados com as críticas são estes:
Auto-sabotagem
A crítica persistente pode corroer a autoestima, levando os indivíduos a acreditar que não são “suficientemente bons” para relações saudáveis, apesar das evidências que mostram o contrário.
Criticar os outros
Alguns projetam os seus sentimentos de inadequação nos outros, estabelecendo padrões excessivamente elevados ou tornando-se demasiado críticos para recuperar o controlo.
Indecisão
Ser constantemente corrigido na infância dificulta a confiança no próprio julgamento, frustrando quem os rodeia.
Medo da rejeição
Muitos evitam estabelecer conexões devido a medos profundos de rejeição, preferindo comportamentos agradáveis (mesmo que contra natura) para garantir aceitação.
Dificuldades em definir limites
A dificuldade em afirmar limites muitas vezes decorre do medo da crítica, levando ao excesso de compromissos ou a relações pouco autênticas.
Fraca defesa pessoal
Um historial de supressão de desejos pessoais para evitar críticas pode impedir a comunicação eficaz das suas necessidades, gerando ressentimentos.
Táticas de intimidação
Para alguns, as críticas tornam-se uma força motriz para alcançar o sucesso. Embora isto possa ser motivador, frequentemente envolve métodos baseados no medo, desgastando conexões pessoais.
Contribuições limitadas para a família
Paralisados pelo medo de falhar, outros podem evitar seguir carreiras gratificantes, causando possivelmente tensões financeiras e conflitos familiares.
Mas a psicóloga Brittany McGeehan também deixa sugestões para melhorar, para se cuidar. Ou tentar.
Desafiar as perceções pessoais
Reconhecer que os sentimentos de inadequação não são factuais, mas sim hábitos, pode ser um passo crucial para construir confiança.
Reconhecer o seu valor
Refletir e listar atributos positivos, mesmo que comece com pequenos gestos, ajuda a desenvolver a autoestima ao longo do tempo.
Aceitar elogios
Aprender a aceitar elogios, começando com pequenas trocas, pode promover conforto com validações externas.
Encontrar modelos
Observar, estar perto de indivíduos que demonstrem autocompaixão e confiança, proporciona um quadro positivo para a autoaceitação.
Procurar terapia
Orientação profissional pode trazer outras perspetivas sobre padrões prejudiciais, ligando experiências passadas a comportamentos atuais e promovendo uma maior bondade consigo próprio e com os outros.