A apresentadora falou aos deputados no âmbito de uma petição que lançou contra o ódio nas redes sociais e apelou à criação de uma entidade reguladora que controle o cyberbullying.
Cristina Ferreira marcou presença esta quinta-feira numa comissão parlamentar para discutir uma petição contra o cyberbullying que já conta com 50 mil assinaturas.
“Fui recebida em comissão parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na internet. A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na assembleia e segue para plenário em breve”, escreveu a apresentadora no Instagram.
A diretora de ficção e de entretenimento da TVI enumerou ainda alguns dos insultos que diz receber diariamente nas redes sociais — como “vaca”, “supérflua” ou “presunçosa” — e apelou à criação de uma entidade reguladora contra a “cultura de ódio” na internet, um território que diz “estar sem lei”.
“Se olharmos para muitas das caixas de comentários que hoje em dia estão à nossa disposição de forma livre e aberta, este tipo de comentários existe. A minha questão é: se isto acontecesse fora das redes sociais, o que aconteceria? De que forma estas pessoas se poderiam queixar?”, questiona, citada pelo Observador.
“Somos a primeira geração que está a lidar com as novas tecnologias”, frisou, acrescentando que é importante “analisar aquilo o que tem acontecido” e que este problema não afeta só as figuras públicas.
Para combater isto, Cristina sugere a criação de um mecanismo que obrigue os utilizadores das redes sociais a identificarem-se quando criam uma conta, para que estes se sintam mais “comprometidos” com o que “pudessem vir a dizer”. A entidade reguladora poderia ainda receber queixas de pessoas que se sentissem “ameaçadas, difamadas e injuriadas”.
Primeira subscritora do documento, Cristina Ferreira foi ao Parlamento acompanhada por Rui Couceiro, o editor do Livro ‘Pra Cima de Puta’, que a apresentadora lançou em novembro de 2020 e que também esteve na génese desta petição.