Não comem e procuram ajuda: algo vai mal no Reino da Dinamarca

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Também na Dinamarca ficou mais caro ir às compras. Contas de luz, gás e aquecimento também subiram. Há dinamarqueses a “saltar” refeições.

A Dinamarca tem sido mencionada nas notícias, nos últimos dias, porque foi surpreendentemente afastada do Mundial 2022, ainda na fase de grupos.

Foi uma desilusão nacional mas há um problema nacional mais importante e mais abrangente, a decorrer: a crise.

Crise em vários níveis, com origem no mesmo problema – a falta de dinheiro para muitos dinamarqueses, sejam famílias ou empresas.

Nesta segunda-feira foi publicado um relatório que indica que 331 empresas faliram em Novembro.

É o número mais alto de falências de empresas dinamarquesas num mês, desde 2009 – na altura, envolvidas também numa crise financeira global.

A SMVdanmark, associação que reúne 18 mil pequenas e médias empresas na Dinamarca, explica que este número é uma consequência da inflação elevada, do aumento dos custos relacionados com a energia e dos receios em relação ao futuro da economia. E os efeitos COVID-19 não foram esquecidos.

As empresas abrem falência e as famílias pedem ajuda. Porque já não têm comida em casa.

A Cruz Vermelha da Dinamarca tem registado números recordes de pedidos de ajuda, por parte de famílias locais.

Só neste ano inscreveram-se na entidade 20 mil famílias dinamarquesas. É um aumento de 33% em relação ao ano passado.

“Atravessamos uma situação muito especial neste ano: há muitas mais pessoas a contar cada cêntimo”, lamentou a Cruz Vermelha, em comunicado citado pela estação DR.

A crise também se reflecte – e muito – na alimentação dos dinamarqueses.

O canal Euronews cita um estudo, organizado pelas autoridades dinamarquesas, que revela que a população da Dinamarca está a comer menos por causa do aumento generalizado de preços.

A sondagem nacional demonstra que os dinamarqueses, no geral, estão a controlar-se na alimentação. E 20% das famílias mais desfavorecidas saltam, pelo menos, uma refeição. Todos os dias.

Entre os cortes realizados na alimentação, a carne tem sido a mais “riscada” das listas de compras.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

4 Comments

  1. E a Dinamarca é um pais com melhores condições do que Portugal.
    O que nos faz pensar que em Portugal a situação não deverá ser melhor.
    No entanto, a comunicação social (Governo e Políticos) faz de conta que tudo esta bem.
    Quando isto rebentar, vai mesmo rebentar e o “verniz” vai estalar de uma vez por todas…
    Ou será que vão disfarçar os problemas aplicando a solução da “Eutanásia”?
    Melhores dias não vão vir….

  2. A situação que os cidadãos da Dinamarca estão a viver é o resultado das decisões dos políticos.
    Não há como viver de costas com a Rússia.
    A Europa Ocidental não é detentora de nada que a terra lhe dê. Não tem petróleo, não tem gás, não tem cereais, não tem lítio, não tem químicos agrícolas,… não tem nada.
    Como é que se pode seguir em frente quando nos propõem agredir o nosso mais valioso vizinho?
    Não digo que a Rússia seja o melhor vizinho, mas é aquele com quem temos, inevitavelmente, de viver.
    Sem a Rússia não há energia, não há comida.
    Pobres de nós porque nos deixamos enganar por políticos que não defenderam os interesses dos Povos que os elegeram.

    • Sr LaCaio nós temos tudo e não falta nada. Energias renováveis e inovação. A Rússia que meta os seus produtos poluentes onde cá sei.

  3. E cá o que se passa?Quantas famílias ,sempre a subir o número, fazem o mesmo?Saltam refeições e não só, simplesmente não têm o que comer!
    Acordem ,foquem-se nos problemas que existem em Portugal, a saúde que nunca esteve tão mal como agora, e não vou esmiuçar o que tudo isso implica, os preços que aumentam semanalmente, como os portugueses conseguem sobreviver?Estamos no fim da linha da população europeia com menos poder económico!
    Em Portugal morre-se lentamente!
    Acordem!

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