As crianças verdes de Woolpit fazem parte de uma lenda medieval que descrevia duas crianças de cor verde, que não falavam a língua local e que surgiram em Woolpit, durante o século XII, em Inglaterra.
Ainda hoje, os historiadores debatem se havia alguma verdade por trás da história, com alguns a salientarem que se pode ter tratado de um encontro extraterrestre, escreve o Ancient-Origins.
À exceção da sua cor verde, as crianças, irmão e irmã, eram de aparência normal. Falavam uma língua desconhecida e só comiam favas cruas.
Eventualmente, terão aprendido a comer outros alimentos e perderam a cor verde. O menino estava doente e morreu logo depois de ele e a sua irmã terem sido batizados.
Por outro lado, a sua irmã, depois de aprender a falar inglês, explicou que tinham vindo da Terra de Saint Martin, um mundo subterrâneo habitado por pessoas verdes na qual não havia sol, mas sim um crepúsculo permanente. A criança descreveu ainda outra terra luminosa que podia ser vista do outro lado de um rio.
A menina explicou que ela e o seu irmão estavam a cuidar do rebanho do seu pai quando deram de caras com uma caverna.
Ao entrar nela, andaram pela escuridão durante muito tempo até que, seguindo o som dos sinos, saíram do outro lado, atraídos pela luz do Sol. Foi então que foram encontrados pelos habitantes de Woolpit.
De acordo com alguns relatos, a criança sobrevivente adotou o nome de Agnes Barre e terá-se casado com um embaixador de Henrique II.
Durante as centenas de anos que se seguiram surgiram duas teorias para explicar a história das crianças verdes.
A primeira sugere que é um conto popular que descreve um encontro imaginário com os habitantes de outro mundo, talvez subterrâneo ou mesmo extraterrestre.
A segunda sugere que se trata de um relato distorcido de um acontecimento histórico não especificado.
Na sua obra “Chronicum Anglicanum”, escrita entre 1189 e 1220, o cronista inglês Ralph de Coggeshall faz referências às crianças verdes de Woolpit. Neste livro, Ralph diz que Sir Richard de Calne ficou com a guarda das crianças.
Também Guilherme de Newburgh incluiu a história das crianças verdes na sua obra principal Historia rerum Anglicarum.