O crédito do Banco BNI Europa foi travado pelo Banco de Portugal. A instituição bancária garante que a solução não chegou a ser comercializada, pelo que “não há clientes lesados”.
O Banco de Portugal travou o crédito Cereja do Banco BNI Europa, um crédito destinado a clientes com mais de 65 anos, com casa paga (hipoteca), que era dada como garantia do empréstimo.
“A comercialização deste produto foi suspensa dado o Banco de Portugal ter exigido que o mesmo tivesse legislação própria“, disse ao Público a administração do BNI. Relativamente a legislação própria para estes casos, a administração refere estar “a trabalhar nesse sentido”.
Neste crédito não estava previsto o pagamento mensal de capital e juros. Em vez disso, os juros eram pagos numa única tranche anual, passível de ser refinanciada por novo empréstimo. O capital do empréstimo também seria amortizado de uma só vez, no final do prazo do contrato.
De acordo com o jornal, com estas condições, rapidamente o valor em dívida poderia aumentar, levando à perda da propriedade da casa. A instituição bancária garantia, porém, que perante esse cenário, os idosos poderiam continuar a residir na habitação.
A este crédito estavam associadas taxas de juro bastante superiores àquelas que estão associadas aos restantes empréstimos à habitação.
O banco esclarece, no entanto, que “o produto não chegou à fase de comercialização pelo que não há clientes lesados“. O Cereja era apresentado como “o crédito que vai ser pago pela casa e não pelo cliente”.