Cravinho não só aprovou contrato suspeito como indicou Capitão Ferreira

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António Cotrim / Lusa

Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado da Defesa, com o ministro dos Negócios Estrangeiros (antigo ministro da Defesa), João Cravinho

Foi Gomes Cravinho que indicou o nome de Capitão Ferreira para perito da equipa que negociou o contrato de manutenção dos helicópteros EH-101. O atual ministro dos Negócios Estrangeiros terá depois aprovado o contrato. Presta esclarecimentos, esta sexta-feira, no Parlamento.

João Gomes Cravinho terá, afinal, aprovado o contrato suspeito que permitiu a Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado da Defesa, ganhar 61 mil euros em cinco dias.

A notícia é avançada, esta sexta-feita, pelo Correio da Manhã, que sabe também que foi o atual ministro dos Negócios Estrangeiros – à data, ministro da Defesa – a indicar Capitão Ferreira para o trabalho de assessoria requerido pelo Ministério da Defesa.

A 25 de março de 2019, Capitão Ferreira celebrou um contrato com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), relativos ao negócio da manutenção dos helicópteros EH-101, do Estado – utilizados em buscas, salvamentos, e evacuações médicas.

De acordo com o CM, dois meses antes, a 29 de janeiro, Cravinho terá assinado um despacho que determinou a constituição da equipa negocial daquele processo.

Nas vésperas de Cravinho assinar o despacho, foi realizada uma reunião na DGRDN na qual foram analisados os documentos a enviar com esse contrato para o Tribunal de Contas (TdC), a fim de obter o visto prévio à despesa. De acordo com fontes do matutino, Capitão Ferreira esteve presente nessa reunião.

Gomes Cravinho terá, depois, autorizado a alteração das condições do contrato sem o aval do TdC.

João Gomes Cravinho e também Helena Carreiras – atual ministra da Defesa – vão ser ouvidos esta sexta-feita, numa audição conjunta, na Comissão de Defesa, no Parlamento.

Em causa o contrato de assessoria que a DGRDN celebrou com Capitão Ferreira – arguido no inquérito ‘Tempestade Perfeita’. Neste processo, é arguido também Alberto Coelho, ex-diretor da DGRDN.

ZAP //

1 Comment

  1. Este governo é cá uma seita deles. Mas também ninguém pode ficar surpreendido. Afinal, vinham quase todos do governo do 44.

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