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Crash das criptomoedas? É normal

Apesar das quedas históricas verificadas nesta semana, especialistas e investidores lembram que o mercado moedas digitais é mesmo assim.

As critpomoedas, como se sabe há muitos anos, são um mercado de constantes “sobe e desce”. Por vezes, altos e baixos significativos.

Foi o que aconteceu nesta semana. Na parte do “desce”.

O alarme soou logo no início da semana, quando a Celsius Network anunciou o congelamento de levantamentos, Swap e transferências entre contas.

Como se esperava, o valor das moedas digitais começou a descer logo na segunda-feira. Descida de mais de 16% só nesse dia, no caso da bitcoin.

Nos dois dias seguintes, a queda não abrandou. Comparando com os números de sexta-feira passada, a bitcoin já perdeu praticamente 25% do seu valor.

E se compararmos com o pico (positivo) de Novembro do ano passado, já caiu 70% em pouco mais de meio ano.

Outra moeda digital, a ethereum, viu o seu valor cair cerca de 33% em menos de uma semana. Baixou 75% desde Novembro.

As empresas do sector também abalam. Além da Celsius, a Binance suspendeu os levantamentos durante algumas horas e a Coinbase anunciou que vai despedir quase 20% dos seus trabalhadores.

Caso para preocupação?

Aparentemente, não. Pelo menos para os especialistas, para os investidores, esta situação é normal, não gera preocupação.

Consideram que, como já foi referido, o mercado das criptomoedas é mesmo isto: altos e baixos, alguns extremos.

“Os mercados de baixa de criptomoedas geralmente caem entre 85% e 90%”, lembrou Jason Yanowitz, da Blockworks, no CNN.

O canal lembra que, ao longo dos últimos 10 anos, o valor das criptomoedas já caiu mais de 80% em duas ocasiões – mas, em ambas, recuperou.

Jason recorda ainda que as negociações por moedas digitais só começaram há 13 anos. Por isso, é normal que este mercado seja mais indefinido do que outros.

“Discordo mesmo das pessoas que dizem que não há maneira de se recuperar de algo assim. As pessoas acham que as criptomoedas não são reais”, salientou o co-fundador da Blockworks.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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