A CP – Comboios de Portugal esclareceu esta terça-feira que a remoção do amianto em 36 das carruagens compradas à Renfe estava prevista no plano de recuperação daquele material e que todas elas estarão descontaminadas até à primeira semana de dezembro.
Em causa está uma notícia avançada pelo Jornal Económico, com base numa outra do La Voz de Galicia, que refere que o conjunto de comboios usados adquiridos pela CP à espanhola Renfe “envolvem um risco acrescido devido ao facto de entre os seus materiais se contar o amianto”, tendo sido essa a razão que levou a Renfe a abandonar a operação daquelas composições, entre a Galiza e o País Basco.
Em resposta à agência Lusa, a CP explica que a existência de amianto em algumas das carruagens foi assumida pela CP desde a compra do material à Renfe.
“De facto, 36 das carruagens compradas tinham amianto e estava desde logo previsto no plano de recuperação a sua descontaminação”, sublinha a empresa.
Neste momento, segundo a CP, já foram descontaminadas e certificadas 12 daquelas carruagens, duas estão em fase de descontaminação e “as 36 ficarão limpas até à primeira semana de dezembro”.
A descontaminação das carruagens em causa está a ser feita por uma empresa certificada para este tipo de trabalhos, com o aval da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), numa área separada da Oficina de Reparação de Material Circulante, assegura a CP.
No final da cada descontaminação é emitido, para cada carruagem, um relatório de medição da concentração de fibras em suspensão no ar por um Laboratório Especializado no controle de Fibras e um certificado livre de amianto por carruagem pela empresa responsável pela descontaminação, acrescenta.
No dia 6 de julho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou, durante uma visita ao Parque Oficinal de Guifões, concelho de Matosinhos, que as primeiras carruagens do pacote de 51 compradas pela Comboios de Portugal (CP) à espanhola Renfe por 1,65 milhões de euros destinam-se à Linha do Minho e vão estar a funcionar entre dezembro e janeiro.
“A aquisição de material circulante disponível em Espanha faz parte de um esforço de curto prazo para fazer face às necessidades dos portugueses. A CP com 1,65 milhões de euros comprou 51 carruagens [usadas] que novas custariam [cada uma] mais de um milhão de euros”, destacou o governante.
Segundo Pedro Nuno Santos, o investimento total, contando com a requalificação, poderá rondar os sete a oito milhões de euros e as carruagens vão estar ao serviço das linhas de intercidades e regionais, podendo circular a 200 quilómetros por hora.
PSD exige explicações
O PSD de Viana do Castelo exigiu esta terça-feira explicações ao Governo sobre a presença de amianto nos comboios para a ligação internacional entre as cidades do Porto e Vigo, na Galiza.
A posição da distrital social-democrata liderada por Olegário Gonçalves, esta terça-feira divulgada em comunicado, surge na sequência da notícia do jornal espanhol La Voz de Galicia, que refere que Portugal iria usar comboios que deixaram de ser utilizados na Galiza por terem amianto e que a operadora portuguesa CP “descartou a sua retirada da Linha do Minho, apesar da antiguidade e das avarias”.
“Precisamos de saber se esta notícia se confirma e se havia conhecimento na altura da sua aquisição, pois estas carruagens irão circular na Linha do Minho entre Valença e Porto. A ser verdade, o que justificou esta aquisição”, questiona Olegário Gonçalves, na nota enviada à imprensa. O presidente da distrital de Viana do Castelo pretende ainda saber “se foram tomadas medidas para salvaguardar as pessoas e se a saúde dos viajantes está garantida, e se está prevista alguma intervenção nas composições”.
“A ser verdade esta notícia, queremos uma garantia cabal sobre se os alto-minhotos podem realmente confiar na salubridade deste transporte”, sustentou.
ZAP // Lusa
Só mesmo os tugas para comprarem o lixo dos outros.
Os tugas? Não! Eu não comprei. Quem comprou foi o ministro Pedro Nuno Santos, o qual se autoelogiou por ter feito uma compra brilhante que os outros países foram incapazes de fazer.
Será que, quando o Pedro comprar carruagens com contaminação radioativa, irá dizer que fez um negócio superbrilhante?
As carruagens do Pedro são lixo tóxico que deveria ser devolvido. Em vez de descontaminar as carruagens, é necessário descontaminar o governo.