Costa Rica: conservador Rodrigo Chaves vence presidenciais

Mayela Lopez / Reuters

Rodrigo Chaves

Chaves é um economista de 60 anos do partido Progresso Social Democrático, cuja imagem foi manchada por um caso de assédio sexual.

O conservador Rodrigo Chaves tem uma vantagem de 5% nas presidenciais na Costa Rica, sobre o adversário centrista José Maria Figueres, anunciou o tribunal eleitoral depois de contados 89% dos boletins de voto.

Chaves, um economista de 60 anos do partido Progresso Social Democrático, cuja imagem foi manchada por um caso de assédio sexual, obteve 52,9% dos votos.

O antigo Presidente costa-riquenho Figueres, do partido Libertação Nacional, obteve 47,1% de votos na segunda volta das presidenciais, indicou, no domingo, o Tribunal Supremo de Eleições (TSE).

Figueres reconheceu já a vitória de Rodrigo Chaves e prometeu ajudar “a salvar” o país, que “está a atravessar uma profunda crise“.

“A Costa Rica votou e o povo falou. Nós, como democratas que somos, respeitaremos sempre essa decisão. Felicito Rodrigo Chaves e desejo-lhe as maiores felicidades”, disse o antigo Presidente (1994-1998), num discurso aos apoiantes.

Rodrigo Chaves vai ser o 49.º Presidente da história do país e assumir o cargo a 8 de maio para um mandato de quatro anos, depois de Carlos Alvarado, do partido Ação Cidadã (centro-esquerda).

De acordo com os dados do TSE, a taxa de abstenção foi de 42,8%, superior à da primeira volta, a 6 de fevereiro, quando foi de 40%.

Chaves prometeu reduzir a dimensão do Estado, encargos sociais e obstáculos ao investimento e empreendedorismo, com a principal mensagem eleitoral centrada na luta contra a corrupção, que atribuiu aos partidos tradicionais, como o do rival José Maria Figueres.

O economista foi ministro das Finanças durante seis meses, entre 2019 e 2020, e antes disso ocupou vários cargos no Banco Mundial, onde, em 2019, recebeu uma sanção interna depois de ter sido acusado de assédio sexual por várias colegas do sexo feminino.

O candidato acusou, em várias ocasiões, a comunicação social de ser tendenciosa, depois de vários media terem publicado informações sobre as denúncias de assédio sexual e sobre alegado financiamento ilegal da campanha eleitoral.

Durante a campanha, Chaves prometeu trabalhar para fazer da Costa Rica o “país mais feliz do mundo”, combater a corrupção e governar para os mais pobres.

// LUSA

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