Costa já não tem medo: Foi à Madeira pedir (com as palavras todas) a maioria absoluta

António Costa pediu, pela segunda vez, a maioria absoluta. Foi uma estreia num comício que se justifica com a necessidade de “quatro anos de estabilidade e tranquilidade”.

O secretário-geral do PS já não tem “medo das palavras”. Esta terça-feira, aterrou na Madeira e, num comício em Machico, pediu “um bom resultado”, para “poder servir bem os portugueses”.

“Nós precisamos de ter estabilidade, e só é possível com uma maioria do PS. Por isso, não devemos ter medo das palavras”, atirou António Costa, antes de pedir uma “maioria absoluta“.

Foi a primeira vez que o fez num comício, depois de ter dito as palavras todas (incluindo “absoluta”) no debate dos candidatos dos nove partidos com assento parlamentar, transmitido na segunda-feira.

O apelo para os socialistas é não confiarem nas “boas sondagens”, como fizeram em Lisboa. “Que ninguém falte à votação”, insistiu Costa, citado pelo Público, apresentando o PS como o único partido com capacidade para responder às necessidades “urgentes” do país.

“Nós não queremos um bom resultado para pormos uma medalha ao peito, nós queremos um bom resultado para poder servir bem Portugal e para poder servir bem os portugueses”, afirmou.

Nesse sentido, voltou a salientar que se a Assembleia da República tiver metade dos deputados socialistas, o Orçamento do Estado (OE) vai ser aprovado “de imediato”, porque “Portugal não pode viver mais tempo em duodécimos”.

“Nós temos vivido dois anos terríveis, todos com medo de um vírus, todos com medo de adoecermos, todos com medo de contagiarmos o nosso vizinho ou de sermos contagiados pelo nosso companheiro”, disse ainda, realçando ser necessário “virar esta página do medo” e vencer a “dimensão sanitária” da pandemia.

Apesar do esforço do Governo no combate à pobreza, a crise pandémica “recolocou” muitas pessoas nessa situação. “O que temos que fazer é voltar a fazer aquilo que já fizemos e ir mais além. Nós temos que erradicar a pobreza do nosso país”, vincou.

Por isso, o país não pode “andar aos ziguezagues”. “Nós não podemos andar de crise política em crise política, nós não podemos andar com governos provisórios de dois anos. Nós precisamos de estabilidade e essa estabilidade só é possível com uma maioria do Partido Socialista.”

O dia começou de forma atribulada devido ao mau tempo que se fez sentir na ilha. O avião em que seguia só conseguiu aterrar no Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo à segunda tentativa e a ameaça constante de chuva fez com que a arruada prevista para o Funchal fosse cancelada.

Mesmo assim, o secretário-geral socialista conseguiu reunir-se com a Associação dos Lesados do Banif e visitar a Empresa de Cervejas da Madeira.

Liliana Malainho, ZAP //

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