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Costa defende também “intervenção” da UE para manter preços da energia “sob controlo”

Patrícia de Melo Moreira / AFP

O primeiro-ministro, António Costa

Costa considera que Portugal, por ter avançado mais depressa na introdução de energias renováveis, será menos afetado pela subida nos preços do gás e da taxa de carbono associada a essas emissões.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje também uma “intervenção” ao nível europeu para “manter os preços da energia sob controlo”, ainda que saudando a posição vantajosa de Portugal, menos “impactado” pela escalada atual.

À chegada a Kranj, Eslovénia, para um jantar de trabalho informal dos líderes dos 27, Costa apontou que hoje haverá apenas “uma primeira discussão, visto que o tema só será formalmente abordado no próximo Conselho” Europeu, a decorrer em Bruxelas entre 21 e 22 de outubro, mas adiantou desde já que “é necessário haver uma intervenção para que se possa manter os preços da energia sob controlo e isso não prejudique a retoma económica”, uma ideia defendida também por países como França e Espanha.

“Nós em Portugal já adotámos as medidas necessárias para que isso possa acontecer, somos dos países que temos a vantagem de, tendo avançado mais depressa na transição para a incorporação de energias renováveis, menos somos impactados pelo acréscimo muito significativo do custo do gás e também da taxa de carbono associada a essas emissões”, disse.

Segundo o chefe de Governo, “há várias discussões de fundo a fazer, designadamente sobre a própria estrutura de mercado, o modelo de fixação do preço”, considerando que “é importante que esse debate se faça à escala europeia”.

“E, designadamente, nós com os nossos vizinhos espanhóis já começámos a ter uma conversa no meu último encontro com o Presidente [de Governo, Pedro] Sánchez e teremos seguramente agora em outubro, quando estivermos juntos na cimeira luso-espanhola”, acrescentou.

Os chefes de Estado e de Governo da UE estão hoje reunidos num jantar de trabalho, consagrado sobretudo a um debate estratégico sobre o reforço do papel da União na cena mundial, participando na quarta-feira numa cimeira com os líderes dos países dos Balcãs Ocidentais, organizada pela atual presidência eslovena do Conselho da UE.

LUSA //

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