O primeiro-ministro António Costa envolveu-se, nesta quarta-feira, numa troca de palavras acesa com dois professores durante a inauguração de uma residência para estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e Ave, em Barcelos.
À margem da inauguração, António Costa foi abordado pelo professor Rui Garcia, de Ponte de Lima, que ficou colocado em Elvas e que, por isso, foi obrigado a viver numa carrinha.
A conversa foi tensa e levou o primeiro-ministro a vincar que foi ele “quem descongelou as carreiras” dos professores.
Costa começou por ser confrontado por um professor que lhe disse que “já cá está há oito anos”. “E o senhor já cá estava há 20”, respondeu o primeiro-ministro.
“Eu mudei as regras para resolver o seu problema e o senhor engoliu e nada disse a outros primeiros-ministros que não mudaram as regras”, atirou depois o governante.
Nessa altura, foi confrontado pelo outro professor que lhe perguntou “quem congelou a carreira e quando”. Após um pequeno silêncio de Costa, o professor reforçou que o primeiro-ministro tem “uma memória muito selectiva”.
“Sabe quem descongelou a carreira? Fui eu”, sublinhou então o governante. “Mas quem a congelou, diga-me”, questionou, depois, o professor.
António Costa: “O senhor engoliu e nada disse a outros primeiros-ministros” pic.twitter.com/GLDAPkmH1F
— Porto Canal (@PortoCanalpt) January 11, 2024
O primeiro-ministro aproveitou para lembrar também a medida que vai ser implementada, segundo a qual um professor fica vinculado ao Estado se cumprir 1.095 dias de serviço.
A partir desse momento, “é um contrato definitivo, acabou a precariedade”, disse.
Até aqui, a regra era cumprir três anos consecutivos completos, o que os professores “dificilmente conseguiam”.
Quanto ao local onde os professores vão leccionar, o primeiro-ministro disse que o concurso do próximo ano vai ser “absolutamente decisivo”.
“Para aumentar as oportunidades de as pessoas ficarem colocadas mais próximas do local que lhes interessa, houve o desdobramento dos quadros de zona pedagógica e o aumento muito significativo de vagas postas a concurso”, explicou.
Em relação ao apoio de, no máximo, 200 euros aos professores deslocados para o pagamento de rendas de casa, Costa notou que a opção foi contemplar as duas regiões onde o custo da habitação é “muitíssimo superior” ao do resto do país, concretamente a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve.
“Até agora, não havia apoio nenhum a nenhum professor deslocado”, lembrou também.
Tratando sempre o primeiro-ministro por “senhor António Costa”, Rui Garcia disse que “não é normal” o tempo que demora até à vinculação de um professor.
“Corro risco de me reformar e não estar vinculado”, disse, acrescentando que o diploma aprovado “não está adequado ao perfil do professor contratado”.
ZAP // Lusa
Era capaz de jurar que tenha sido um governo do qual António Costa fazia parte, a congelar a carreira dos professores.
Estás correto António. Mas muitos já esqueceram…
Este Costa vendedor de banha da cobra nunca mais desaparece? Que vá fazer uma empresa de guarda de fundos apropriados juntamente com o seu amigo Sócrates.
Os 2 congelamentos foram do PS… A bancarrota e o pedido à troika também…
Farto destes esquerdoidos que nos querem fazer de tolos!
A educação e a diplomacia não são pontos fortes deste ditador.
Não tem argumentos, é rude e arrogante… Além de mentiroso! Foi no governo de Sócrates, em que fazia parte António Costa que foi feito o primeiro congelamento e, mais tarde, o segundo ainda com Sócrates.
Que problemas resolveu então o PS e a geringonça? Criaram outros problemas!
A conversa entre professor e 1º ministro não passou de “conversa de chacha”. Parece que nenhum sabia do que falava. e nenhum tinha inteira razão.
Os remendos feitos pelo Governo mão resolverão por si só o problema de muitos professores..
Também a vinculação não os resolve.
Um vinculado, à partida parece estar em posição mais favorável do que o não vinculado., Mas isso não significa que não vá parar a “cascos de rolha”. Ser de Ponde de Lima e ir parar a Elvas é perfeitamente normal. Sempre assim foi, mesmo para quem estava vinculado e quando o sistema trabalhava em esferas bem oleadas.