As autoridades espanholas detiveram vários jogadores e antigos futebolistas, bem como dirigentes de clubes, no âmbito de suspeitas de resultados combinados em jogos das Primeira, Segunda e Terceira Ligas de Espanha. O ex-jogador do Real Madrid e ex-internacional espanhol Raúl Bravo é um dos detidos.
O El País fala em, pelo menos, 11 detidos que são suspeitos de envolvimento numa rede criminosa de combinação de resultados com o intuito de recolher benefícios com apostas ilegais.
As buscas decorreram em Huesca, Madrid, Valladolid, Málaga e Corunha e entre os detidos está o ex-jogador do Real Madrid e ex-internacional espanhol Raúl Bravo que é apontado como o cabecilha do esquema. Raúl Bravo jogou por Espanha no Euro 2004 em Portugal e integrou a equipa “galáctica” de Florentino Pérez, alinhando ao lado de Luís Figo e conquistando uma Liga dos Campeões, uma Taça Intercontinental e quatro títulos da Liga Espanhola.
Há mais dois ex-jogadores da formação do Real Madrid entre os detidos, designadamente Borja Fernández (que pendurou as chuteiras no Real Valladolid neste mês de Maio) e Carlos Aranda (também já retirado depois de ter passado por várias equipas espanholas).
Os jogadores Íñigo López Montaña (Desportivo da Corunha) e Samu Saiz (Getafe), bem como o presidente do Huesca, Agustín Lasaosa, e o director do departamento médico do clube, Juan Carlos Galindo Lanuza, estarão também entre os detidos.
Um dos jogos sob suspeita será o Valladolid-Valência (0-2) da última jornada da Primeira Liga, conforme reporta o El Confidencial. Neste jogo, os golos do Valência resultaram de erros do Valladolid que já tinha garantida a permanência no principal campeonato espanhol. A vitória assegurou ao Valência a qualificação para a Liga dos Campeões. Além dos golos suspeitos, houve também uma subida anormal nas apostas na vitória dos valencianos.
O Huesca-Valência (2-6) do passado 5 de Maio e o Bétis-Huesca (2-1) de 12 de Maio também estarão a ser investigados, depois de se terem verificado igualmente apostas anormais.
As combinações implicavam não apenas o resultado final, mas também os resultados ao intervalo ou outros números dos jogos, como os cantos, as faltas e os cartões mostrados pelo árbitro – tudo o que desse para “aumentar as margens da ganância”, aponta o El País.
Os pagamentos seriam sempre efectuados em dinheiro, com uma parte paga antes do jogo combinado e outra depois.
A investigação terá começado na época passada depois de no Huesca-Nàstic, da Segunda Liga, se terem verificado valores “alarmantes” nas apostas efectuadas. A denúncia às entidades judiciais terá sido feita pelo presidente da Liga de Futebol Profissional de Espanha, Javier Tebas.
Em causa estão crimes de participação em organização criminosa, corrupção e branqueamento de capitais.
De alguém havíamos de ter copiado….
Imagine-se por cá, mas como alguns são intocáveis tudo vai ficar em águas de bacalhau.