Correção às tabelas do IRS não salva queda de salários da função pública

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A correção às tabelas de retenção na fonte do IRS não evita que alguns funcionários públicos sofram uma queda do salário líquido.

As tabelas de retenção na fonte do IRS foram retificadas para salvaguardar que a atualização das pensões, que começou a ser processada em janeiro, não é absorvida pelo imposto, garantindo um aumento líquido do rendimento mensal.

No entanto, a correção às tabelas não evita que todos os trabalhadores da função pública tenham uma queda no salário líquido, escreve o Público.

Como tal, os sindicatos da função pública pedem que as tabelas sejam revistas pela segunda vez, para que todos os operários tenham um aumento dos vencimentos em linha com a atualização salarial de 0,9%.

Nas tabelas de IRS para 2022 desenhadas inicialmente pelo Governo, alguns funcionários públicos e pensionistas saltaram um patamar de retenção mensal, ficando a receber um valor líquido mais baixo. O Governo interveio, mas só fez a alteração para os pensionistas.

O Governo, por sua vez, argumenta que as tabelas originais já previam “uma redução média” de 0,9% nas taxas de retenção que reflete o aumento dos salários na função pública.

A justificação não agrada a Frente Comum, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), que reclamam nova correção às tabelas.

“As pessoas vivem mês a mês e não no final do ano”, diz a presidente do STE, Helena Rodrigues, numa alusão ao facto de a retenção excessiva só ser corrigida na primavera de 2023.

Em declarações ao Público, o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, diz que quer que os trabalhadores “não percam liquidez com aumentos salariais”. “É um absurdo completo”, atira.

“Tem de haver uma correção das tabelas de IRS, a par da correção dos salários tendo em conta que a inflação no final do ano passado foi de 1,3%, acima do aumento de 0,9%”, defende José Abraão, coordenador da Fesap.

ZAP //

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5 Comments

  1. Que dizer? A realidade é diferente da que António Costa apregoa. É preciso estar atento às habilidades de António Costa. O discurso desta semana sobre alianças é diferente da anterior. Não há coerência. Em nome da sobrevivência política muda-se de discurso descaradamente.

  2. Isto é o que o Cotrim anda a dizer desde à muito, tantos escalões não é para sacar o dinheiro aos ricos, porque esses facilmente se estabelecem em outros países e mudam a morada fiscal, o que estes escalões fazem é desencorajar que se lute por mais, porque de que serve um aumento se depois o novo escalão o leva por inteiro em imposto?

  3. Pode ser que assim haja igualdade salarial com o privado. Regalias vão sempre ser mais, mas pelo menos que a lei salarial seria igual para todos os que trabalham.

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