O corpo do militar português morto no domingo num ataque terrorista no Mali chegou, na madrugada desta quarta-feira, à base militar Figo Maduro, em Lisboa, transportado por um avião C-130 da Força Aérea portuguesa.
Um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa partiu esta terça-feira para o Mali para transportar os restos mortais do militar para Portugal, tendo chegado na madrugada desta quarta-feira.
O Presidente da República, o ministro e o secretário de Estado da Defesa e as chefias militares juntaram-se aos familiares do militar na receção no aeródromo, avança a TSF.
O corpo do sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido foi depois transportado para o Instituto de Medicina Legal de Lisboa. Após a autópsia, o corpo deverá seguir para a sua terra natal, onde decorrerão as cerimónias fúnebres.
O militar de 42 anos, natural de Valongo, integrava desde maio o contingente nacional na missão da União Europeia no Mali, sediada em Bamako, e era adjunto do oficial de transmissões da força portuguesa.
O local onde ocorreu o ataque, Hotel Le Campement Kangaba, “é reconhecido e autorizado pela Missão de Treino no Mali – ao serviço da qual estava o militar – como Wellfare Center” entre os períodos de atividade operacional dos militares que prestam serviço naquele país, segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas.
O militar morreu “devido a confrontos ocorridos na sequência de um ataque de elementos rebeldes que provocou outras baixas entre elementos de outros contingentes”, segundo uma nota do Exército divulgada segunda-feira.
Outros militares ficaram feridos, “incluindo um português”, que “já se encontra completamente recuperado”, refere a mesma nota.
Um inquérito “no sentido de esclarecer as circunstâncias que envolveram o ataque terrorista em Bamako” já foi instaurado, adiantou segunda-feira o EMGFA.
A principal aliança jihadista do Sahel ligada à Al-Qaeda reivindicou o atentado de domingo perto de Bamako, no Mali, num comunicado divulgado nas redes sociais e noticiado pelas agências privadas mauritanas ANI e Al-Akhbar.
No comunicado, o “Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos” afirma que os três atacantes, pertencentes à etnia fula, morreram no ataque contra estrangeiros que durou várias horas.
ZAP // Lusa