Corpo da rainha Isabel II chega a Westminster para visitas públicas

UK Ministry of Defence / Flickr

A Rainha Isabel II

O corpo da rainha Isabel II será hoje transferido para o Palácio de Westminster, em Londres, onde se prevê que centenas de milhares de pessoas prestem homenagem nos próximos dias antes do funeral de Estado, na segunda-feira.

Após uma noite no Palácio de Buckingham, o caixão vai sair pelas 14.20 horas num Carro de Artilharia da Tropa do Rei, acompanhado a pé pelo Rei Carlos III e outros membros da família real, e vai chegar a Westminster pelas 15 horas.

O corpo será depositado no Salão de Westminster, a parte mais antiga do edifício onde funciona o parlamento britânico, cujas origens remontam ao século XI.

O caixão, fechado e coberto pelo estandarte real e pela Coroa Imperial do Estado, esfera e cetro, será colocado sobre uma plataforma elevada, conhecida como catafalco, e guardado continuamente por soldados de regimentos militares que servem o Rei.

Depois de estar em posição, será realizada uma curta missa com a presença do Rei e de membros da família real, e só depois é que o público será autorizado a entrar.

A Rainha Isabel II ficará em repouso desde as 17 horas até às 6.30 horas de segunda-feira, 19 de setembro, data do funeral, e durante este período o salão estará aberto 24 horas por dia para membros do público passarem brevemente pelo caixão e expressarem respeito.

Preveem-se filas de vários quilómetros com tempos de espera que podem chegar a 30 horas, segundo a imprensa britânica.

Ao longo dos séculos, no Salão de Westminster foram realizados banquetes, julgamentos, reis foram empossados e destituídos, e a sala acolheu discursos de figuras históricas como o presidente francês Charles de Gaulle ou o sul-africano Nelson Mandela.

Foram velados neste espaço o primeiro-ministro britânico William Gladstone (1898), os reis Eduardo VII (1910), Jorge V (1936), Jorge VI (1952) e o primeiro-ministro Winston Churchill (1965).

O último membro da família real a ficar em câmara ardente no Salão de Westminster foi a Rainha Mãe, em 2002, quando cerca de 200 mil pessoas fizeram fila para ver o caixão ao longo de três dias.

O Reino Unido cumpre atualmente um período de luto nacional por Isabel II, que morreu aos 96 anos a 8 de setembro, após mais de 70 anos de reinado, o mais longo da história do Reino Unido.

Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assumiu aos 73 anos as funções de rei, como Carlos III.

Fila de seis quilómetros

As autoridades britânicas estão a antever em Londres uma fila de seis quilómetros de pessoas que planeiam prestar uma última homenagem a Isabel II, cuja urna estará a partir de quarta-feira em Westminster, edifício do parlamento.

Perante tal cenário, que poderá implicar uma espera de até 30 horas, segundo a imprensa britânica, as autoridades estão a fazer preparativos e a dar instruções muito específicas.

O caixão com o corpo da monarca vai estar no Palácio de Westminster, o edifício que alberga o parlamento inglês, para contemplação do público entre as 17 horas de quarta-feira e as 6.30 horas de segunda-feira,.

Os planos publicados pelo Ministério da Cultura britânico mostram que a fila vai começar em Albert Embankment e continuará até Southwark Park, já depois de Tower Bridge, ao longo da margem sul do rio Tamisa, com passagem por locais emblemáticos como a roda gigante London Eye, o museu Tate Modern e o navio militar HMS Belfast.

Ao longo do percurso estão a ser colocadas casas de banho portáteis e chafarizes com água, e organizações como o centro cultural Southbank Centre, National Theatre e o teatro Shakespeare’s Globe vão funcionar continuamente para vender comida e permitir o uso das casas de banho.

Cafés e outros comércios locais também vão funcionar fora de horas. A cinemateca BFI Southbank terá um ecrã no exterior onde vai projetar imagens de arquivo da rainha Isabel II.

Quando chegarem a Albert Embankment, início da fila, as pessoas serão conduzidas através da ponte de Lambeth, para os Jardins da Torre Vitoria, onde terão de passar por controlos de segurança antes de entrarem no Palácio de Westminster.

Uma vez dentro do Palácio de Westminster, as pessoas vão poder passar pelo caixão, mas sem parar, e não podem levar flores ou outro tipo de ofertas.

As autoridades avisaram as pessoas para o risco de ser necessário “ficar de pé durante muitas horas, possivelmente durante a noite, com muito poucas oportunidades para sentar-se, pois a fila continuará em movimento“.

De acordo com as regras, serão permitidas malas pequenas, uma por pessoa, com abertura fácil para ser inspecionada. Ninguém pode entrar no Palácio de Westminster com comida ou bebida — que “devem ser consumidas na fila de espera” — flores, peluches, fotografias, cadeiras dobráveis, cobertores, sacos-cama ou bandeiras.

Qualquer objeto proibido no guia, e outros indicados pela polícia no local, serão confiscados no controlo de segurança e não serão devolvidos, avisam as autoridades britânicas. Os telemóveis terão de ser desligados ou colocados em silêncio e estão proibidas as fotografias.

“Por favor, respeite a dignidade deste evento e comporte-se de forma apropriada”, instaram as autoridades, pedindo que dentro de Westminster deve ser mantido o silêncio. A urna com o corpo da rainha Isabel II será depositada no Salão de Westminster [Westminster Hall], a parte mais antiga do edifício onde funciona o parlamento britânico, cujas origens remontam ao século XI.

O caixão, fechado e coberto pelo estandarte real e pela Coroa Imperial do Estado, esfera e ceptro, será colocado sobre uma plataforma elevada, conhecida como catafalco, e guardado continuamente por soldados de regimentos militares que servem o Rei. Depois de estar em posição, será realizada uma curta missa com a presença do rei Carlos III e de membros da família real, e só depois é que o público será autorizado a entrar.

// Lusa

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