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Cientistas identificam o coral mais amplo da Grande Barreira de Coral

(dr) Smith et al., Scientific Reports, 2021

Cientistas descobriram que o coral mais amplo da Grande Barreira de Coral, na Austrália, fica na zona de Palm Islands e tem uns impressionantes 10,4 metros de diâmetro.

De acordo com o site Science Alert, este coral, apelidado de Muga dhambi (“Grande Coral”) pelo povo aborígene Manbarra, é composto maioritariamente por carbonato de cálcio e serve de habitat a uma colónia de pólipos que o construíram ao longo de muitas gerações.

“O grande coral Porites, na Ilha Goolboodi (Orpheus), é invulgarmente raro e resistente. Sobreviveu ao branqueamento de corais, espécies invasivas, ciclones, marés severamente baixas e atividades humanas durante quase 500 anos“, escreveram os autores de um novo estudo publicado, a 19 de agosto, na revista científica Scientific Reports.

Embora os flancos do coral ainda sejam o lar dos seus criadores, juntamente com zooxantelas, parte do seu topo já não pode contar com a sua presença. Em vez disso, a Cliona viridis (chamada de esponja verde chata), algas e até outros tipos de corais (como as espécies Acropora e Montipora) fixaram a sua residência aqui.

Essas esponjas costumam ser encontradas no lado mais turbulento dos corais, onde são expostas a maiores correntes para facilitar a filtragem da água para as bactérias e outros micróbios comerem.

“Os avanços da esponja provavelmente irão continuar a comprometer o tamanho e a saúde da colónia”, alertaram os investigadores no mesmo estudo.

Segundo explica a mesma equipa, várias secções de tecido coral podem morrer devido à exposição ao sol durante as marés baixas, ou por causa das águas mais quentes, mas sem matar a colónia inteira.

De acordo com o mesmo site, o Muga dhambi foi descoberto em março e, além de ser o mais amplo, com 10,4 metros de diâmetro, é também o sexto mais alto já medido na Grande Barreira do Coral, com 5,3 metros de altura. Com base na sua altura, a equipa estima que tenha entre 421 e 438 anos.

A boa notícia é que estes cientistas não encontraram nenhum sinal de doença ou de branqueamento de coral. Por enquanto, o Muga dhambi ainda está cheio de vida, tendo 70% de si habitado por corais vivos.

ZAP //

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