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Cooperação de Rui Pinto com autoridades leva à suspensão de cinco inquéritos

Mário Cruz / Lusa

Cinco dos processos abertos contra Rui Pinto foram provisoriamente suspensos, na sequência da sua cooperação com as autoridades portuguesas, que permitiu ao hacker sair do regime de prisão preventiva em que estava há mais de um ano.

Segundo avançou esta sexta-feira o Observador, uma das condições do procurador Carlos Casimiro, titular dos processos em causa, ao juiz Carlos Alexandre, foi que Rui Pinto continuasse a ajudar a Polícia Judiciária (PJ) nestas investigações, algo que o hacker concordou, a par de não voltar a praticar os crimes – acesso ilegítimo a sistemas informáticos – e não revelar as senhas desses mesmos sistemas.

O pirata informático vai ser julgado um crime de tentativa de extorsão, seis de acesso ilegítimo, 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência e um de sabotagem informática. Em abril, acordou com as autoridades ceder as senhas para os discos rígidos. Nestes, há informação que originou o ‘Football Leaks’ e divulgações do ‘Luanda Leaks’.

No despacho, considerou-se que o perigo de fuga era neutralizado com a prisão domiciliária, apontando ainda para uma alteração na postura do hacker, que apresentava “um sentido crítico e disponibilidade para colaborar com a Justiça”. Rui Pinto aguarda numa habitação controlada pela PJ pelo início do julgamento, agendado para 04 de setembro.

ZAP //

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