Depois de, a 8 de fevereiro, a Netflix ter proibido a partilha de contas, o que é certo que existem muitos utilizadores que continuam a fazê-lo sem qualquer problema… até à data.
Depois da polémica instalada acerca do cancelamento de partilha de contas Netflix, muitos utilizadores decidiram cancelar as suas subscrições ou, pelo menos, têm a intenção de o fazer.
De qualquer das formas, a realidade de hoje em dia é que muitos utilizadores continuam a partilhar normalmente a conta. Como é que isto é possível?
Aos utilizadores que deixaram passar o prazo para validarem a sua localização primária, a Netflix atribuiu automaticamente a localização no dia a seguir ao fim da data estabelecida. Teoricamente, esta foi a altura em que se tornou oficial a limitação da partilha.
Claro que pode alterar manualmente a localização automática, quando o desejar.
Contudo, a Netflix está aparentemente ter grande dificuldade em identificar corretamente a localização dos utilizadores — atribuindo de forma imprecisa o seu local de residência tal como inferido a partir do seu endereço IP.
Segundo inúmeros relatos que circulam nas redes sociais, há por exemplo utilizadores residentes em Lisboa que a Netflix localiza nos Açores, ou utilizadores em Matosinhos que são dados como estando a residir em Tamel, no distrito de Braga.
Noutros casos, a residência atribuída ao utilizador a partir do IP do seu televisor da sala é diferente da atribuída ao do quarto — e frequentemente, ambas não correspondem ao seu real local de residência.
Paralelamente, muitos utilizadores também têm tido dificuldades em definir manualmente a sua localização.
Resultado: caos instalado. A implementação imperfeita e com atraso da medida tem permitido a muitos utilizadores continuar a partilhar contas Netflix.
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe. Por isso, é provável que este percalço seja ultrapassado. Até lá, pode tentar não definir a localização da conta principal, tirando partido da partilha de conta por mais algum tempo.
Recorde-se que, no final do mês de fevereiro, a Netflix reduziu os preços de assinatura em mais de 100 países, em alguns casos até 60%.
Portugal não faz parte da lista.
Com tanta boa concorrência, é vários tiros no pés