Há vários séculos que contar cisnes no rio Tamisa é um assunto sério e real. Swan upping é o nome desta tradição que conta com a participação da coroa britânica.
A tradição manda: na terceira semana de julho contam-se os cisnes no rio Tamisa, em Londres. A tradição remonta ao século XII, altura em que estes animais eram sinónimo de nutritiva carne em tempos de grande escassez.
Desde segunda-feira que se tem realizado esta espécie de cerimónia com contornos reais. O processo passa por retirar da água, medir e contar a totalidades dos cisnes que, tecnicamente, são propriedade da rainha Isabel II.
Segundo o Observador, os oficiais incumbidos desta missão surgem vestidos com trajes encarnados e ornamentos dourados. Os responsáveis por se fazer cumprir a tradição sobem a bordo de embarcações que auxiliam na tarefa de resgatar os cisnes do rio e, assim, proceder à medição.
Se outrora os cisnes eram, para muitos, uma autêntica iguaria, nomeadamente nos banquetes reais, agora a conservação desta espécie está na ordem do dia no Reino Unido, sendo o seu consumo proibido em solo britânico.
David Barber, um dos homens ao leme, descreveu esta tradição à Reuters. “Retiramos toda a família da água, levamos os cisnes para as margens, pesamo-los, medimo-los e avaliamos se têm alguma lesão. É uma população de cisnes que mudou muito pouco desde meados do século XVIII”, contou.
O ritual remonta ao século XII, quando a coroa reclamou a propriedade deste animais. A cerimónia arrancou esta segunda-feira e dura cinco dias.
De acordo com o diário, o ponto de partida é Sunbury, na zona oeste da capital britânica, e termina em Abingdon Bridge, no Oxfordshire, esta sexta-feira. O programa completo está disponível online.