Análise ao mercado de veículos usados mostra quais são os 20 modelos que mais têm a quilometragem falsificada.
Portugal, tal como outros países, continua a ter um mercado de veículos usados marcado por fraudes no conta-quilómetros.
Todos os anos, milhares de automobilistas caem em esquemas fraudulentos, ao comprarem carros com quilometragem adulterada. Ou seja, o conta-quilómetros indica um número mas o carro já andou muito mais do que aqueles algarismos mostram.
E essa fraude vai além de estatísticas: o carro é vendido por um preço superior ao real, aparecem avarias inesperadas (e custos inesperados) a curto e longo prazo.
A carVertical analisou relatórios históricos de automóveis comprados no ano passado e verificou que o Citroën DS3 foi o automóvel mais manipulado em Portugal: 7,6% dos modelos verificados na plataforma apresentavam valores de quilometragem adulterados. No ano passado tinha sido o Peugeot 206 a surgir no topo desta lista.
A seguir, mas algo distante, ficaram o Opel Corsa (5,7%) e o Peugeot 308 (5,1%). A Peugeot tem quatro modelos nos 10 modelos mais afectados: 308, 508, 2008 e 5008.
O BMW Série 4 (1,6%), o Renault Captur (1,7%) e o Peugeot 3008 (1,9%) surgiram como os modelos mais seguros, com percentagens mais baixas de conta-quilómetros adulterados.
O Citroën DS3 também tem uma das médias mais elevadas de quilómetros manipulados: mais de 101 mil quilómetros.
No entanto, o modelo que tem, de longe, o maior número de quilómetros adulterados em média é o Seat Leon, com uma média de quase 194 mil km. Seguem-se Opel Astra (122 mil km) e BMW Série 3 (109 mil km).
“Provar a fraude do conta-quilómetros é complicado, o que deixa os burlões com a sensação de serem intocáveis. Assim, para evitar carros com quilometragem falsificada, é essencial verificar sempre o seu historial. Por vezes, até o proprietário atual pode desconhecer a adulteração, ocorrida antes da compra, o que se torna uma surpresa desagradável quando assinalada pelo potencial comprador”, explica Matas Buzelis, diretor de comunicação da carVertical e especialista do mercado automóvel.
Até porque nenhum carro é totalmente imune à adulteração do conta-quilómetros, avisa o comunicado enviado ao ZAP.
Se desse prisão, deixava de haver adulteração de quilómetros.
Agora eu pergunto, porque um artigo tão longo a apresentar factos, que todos conhecem e não dar a conhecer os mecanismos para detectar essas adúlterações, já que os há ?