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Vá para o hospital… onde já está. Confusão entre grávidas, 40 minutos sem a Linha SNS atender

Ivendrell / Wikimedia

Hospital de Santa Maria, em Lisboa

 

40 minutos a tentar ligar para a Linha SNS Grávida. Mais de uma hora depois, uma SMS para ficar onde estava. Estórias em Lisboa.

Ontem, segunda-feira, começou uma nova rotina nas urgências hospitalares de obstetrícia e ginecologia, quer na Região de Lisboa e Vale do Tejo, quer no Hospital Distrital de Leiria.

A partir de agora, as grávidas têm de ligar para a Linha SNS Grávida antes de irem às urgências.

Mas, na manhã de estreia, houve alguma confusão, como se esperava. Nem todas as mulheres sabiam desta alteração.

Na Maternidade Alfredo da Costa, seis das 16 utentes que procuraram a urgência de ginecologia e obstetrícia não fizeram a pré-triagem telefónica obrigatória. Isto até ao meio-dia.

Uma utente não quis ligar para a Linha SNS 24 e as restantes cinco foram convidadas a contactar o serviço – o que fizeram. Todas foram atendidas no serviço de urgência.

Fonte da Unidade Local de Saúde (ULS) São José, que integra a Maternidade Alfredo da Costa, disse que “foi uma segunda-feira aparentemente normal, dentro do expectável”.

Vá para onde está

Já no Hospital de Santa Maria, houve um caso mais caricato, apurou a RTP.

Maria Pacheco, grávida, teve dores durante a madrugada de segunda-feira e foi para a urgência – sem saber que era para ligar antes.

Já na urgência, conta que tentou ligar para a Linha SNS Grávida durante 40 minutos, mas ninguém atendeu.

Desistiu de ligar do seu telemóvel e foi para dentro do hospital, onde tem um telefone próprio para o efeito. Aí conseguiu.

Mais de uma hora depois de ter começado a ligar, recebeu uma mensagem no telemóvel: a indicação do SNS24 era ir para o… Hospital de Santa Maria. Onde já estava. Depois terá sido atendida.

Mas Diogo Ayres de Campos, diretor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Santa Maria, assegurou que estava “tudo dentro da normalidade, sem sobressaltos”.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse entretanto na TVI que esta pré-triagem de grávidas, no acesso às urgências, já deveria ter sido implementada “há muitos anos”.

A ministra assegura que este modelo “garante uma maior orientação” para as grávidas, que são encaminhadas “para o sítio onde devem estar”.

ZAP // Lusa

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