Documentação confidencial só poderá ser consultada por deputados e assessores na “sala de segurança” da CPI. Caso discordem, parlamentares podem contestar classificação.
O Governo já enviou “bastante documentação” à Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, nos quais constam os dados jurídicos que sustentam a decisão de demitir por justa causa a antiga presidente executiva e do conselho de administração, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja. No entanto, os documentos foram classificados como “confidenciais”, pelo que só os deputados e os seus assessores poderão ter acesso à informação ali armazenada.
O primeiro entrave começou com logo com os serviços da CPI, os primeiros a receber a documentação, que tiveram dificuldades em consultá-la. Da parte dos partidos, PSD e Iniciativa Liberal, surgiram críticas quanto ao meio utilizado para a entrega da documentação, supostamente um CD.
A entrega da documentação surge depois de o PSD ter entreposto um documento onde questionava a “existência ou não de um parecer jurídico, ata, opinião escrita ou transcrita, carta ou email produzidos por algum organismo do Estado, no seio dos referidos ministérios ou fora, relativo à iniciativa e/ou processo de despedimento por justa causa da CEO da TAP na sequência do relatório de auditoria da Inspeção-Geral de Finanças”.
Num primeiro momento, o Governo rejeitou a entrega do documento, argumentando que este não encaixava no âmbito temporal da CPI — “em particular” entre 2020 e 2022. Posteriormente, novas justificações surgiram, como a defesa de que a divulgação da fundamentação jurídica poderia prejudicar a defesa do Governo no processo que Christine Ourmières-Widener planeia mover.
Tal como recorda o Expresso, o despedimento da antiga CEO da TAP aconteceu com o apoio do centro de competências jurídicas do Estado, tutelado por Mariana Vieira da Silva. Foi precisamente a ministra da Presidência que veio falar mais tarde num “problema de semântica” — depois de Fernando Medina ter dito que não havia parecer e Ana Catarina Mendes e Mariana Vieira da Silva reconhecerem que sim.
Durante a tarde de ontem, Jorge Seguro Sanches, deputado do PS que preside à CPI, anunciou que “chegou bastante documentação durante a tarde. A avaliação completa do que chegou [está em curso]. É informação classificada“. Perante esta classificação, a consulta dos documentos está pendente de acontecer na “sala de segurança” da CPI.
bem que mais se diga…
por analogia se a CEO da tap é despedida por demitir a outra face a enquadramento errado então se a CEO da tap ver reconhecido que o seu despedimento foi ilegal deve-se tomar medidas para despedir os ministros envolvidos no processo…
Coitadinha de CEO que queria contratar a empresa do marido e a Alexandra Reis opôs-se…
Como se opôs, a CEO da Tap quis-se livrar dela..
Não sei quem é que está mal