Comunidade portuguesa na África do Sul em dificuldades devido à pandemia

Kim Ludbrook / EPA

A comunidade portuguesa da África do Sul tem sofrido dificuldades devido à pandemia de covid-19, relatou o conselheiro das comunidades portuguesas, Vasco Pinto de Abreu, indicando que há portugueses a passar fome.

À TSF, Vasco Pinto de Abreu indicou que os próximos dias seriam de festa para a comunidade portuguesa, visto que as comemorações deste ano do Dia de Portugal incluiriam a viagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, até ao país, mas as celebrações tiveram de ser alteradas.

O conselheiro referiu que a situação é grave. “Algumas organizações portuguesas andam a distribuir bens alimentares e de primeira necessidade às famílias mais carenciadas. As dificuldades são muitas, há grandes diferenças sociais e já havia pessoas a passar fome”, contou o responsável.

Embora organizações estejam “a fazer o seu trabalho”, entre os mais desfavorecidos “a situação económica já não era famosa antes da chegada da pandemia, e agora agravou-se”, apontou Vasco Pinto de Abreu.

“Os nossos comerciantes, os nossos portugueses que têm pequenos negócios como restaurantes ainda não puderam reabrir. Há um lar de idosos que também está a passar por muitas dificuldades”, acrescentou.

O Governo português estará a preparar uma ajuda especial aos portugueses residentes em vários países. “Eu sei que a secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas está a preparar um plano de apoio a essas associações da comunidade espalhada pelo mundo. Em contacto com os meus colegas do Brasil, dos Estados Unidos, da Venezuela, de França, noto que há muitas organizações a passar dificuldades”, contou.

“Espero que a ajuda venha rapidamente, senão várias associações, clubes e lares de idosos correm o risco de se extinguir”, disse ainda.

As comemorações do 10 de junho vão este ano em casa. “Estamos num estágio mais atrasado do que em Portugal. Ainda não chegou o pico da pandemia e já tivemos uma quarentena muito dura de 30 dias. Depois foi estendida por mais 15 dias, agora baixámos para o estágio III, mas as restrições ainda são muitas: não pode haver ajuntamentos, muitos negócios estão fechados, não há festas, estão totalmente proibidas, com direito a processo criminal…”

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