Maioria dos portugueses procura penthouse e casa abaixo dos 60 mil euros

ZAP

Relatório analisa as transacções ao longo dos dois anos de pandemia. Comprar casa é agora mais caro, arrendar é mais barato.

Quando a Organização Mundial da Saúde anunciou que uma pandemia se tinha “instalado” na maioria dos países, temeu-se (entre muitas outras coisas) que o mercado imobiliário iria cair consideravelmente. Não aconteceu.

Pelo contrário: ao longo dos últimos dois anos foram registados números máximos de transacções; uma consequência do aumento evidente de procura por casas (comprar e arrendar), enquanto a oferta já não é suficiente para tanta procura em diversos pontos do país.

Esta é uma das principais conclusões do relatório do Idealista publicado nesta sexta-feira, precisamente dois anos depois do anúncio oficial da Organização Mundial da Saúde sobre a COVID-19 – realizado no dia 11 de Março de 2020.

Comprar casa está mais caro, em média. Desde o final de 2019 até ao final de 2021 o preço unitário das habitações subiu 14,6%; cada metro quadrado custa agora 2.325 euros.

Arrendar casa está mais barato. De 11,5 euros há pouco mais de dois anos passamos para uma média de 10,7 euros no final do ano passado – uma descida de quase 7%.

Também houve um contraste entre a oferta de casas para comprar e para arrendar: há menos casas disponíveis para venda (caiu de 4,8% para 4,5%) mas há mais casas disponíveis para arrendamento (subida de 0,4%). Estas percentagens são relativas ao número total de domicílios convencionais existentes em Portugal.

Procura duplica

A procura por casas para comprar quase duplicou entre 2019 e 2021. As penthouses são o tipo de casa mais procurado, enquanto os apartamentos e estúdios/T0 são os menos procurados.

Mas também aqui há aparentemente um contraste porque a maioria dos portugueses procura casas com uma área entre 61 e 90 metros quadrados e procura também casas que custam menos de 60 mil euros.

Focando no preço, a maior percentagem dos interessados (3%) procura essas casas que custam menos de 60 mil euros e essa percentagem vai sempre descendo conforme o preço aumenta, até aos imóveis custarem entre 2 e 3 milhões de euros (0,4% dos portugueses interessados). Só após esse escalão há uma subida porque 0,6% estão interessados em casas que custam mais de 3 milhões de euros.

Escolhas ao arrendar

No momento de arrendar, a maioria procura agora casas com menos do que 40 metros quadrados, que têm uma renda entre 450 e 600 euros.

No entanto, também no arrendamento o tipo de casas mais pesquisado são as penthouses.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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