Há apenas dois concelhos com uma subida de preços abaixo da média da inflação, desde 2021.
Quem pensava que, primeiro a pandemia, depois a guerra, iriam abrandar a subida dos preços das casas, enganou-se.
Desde 2021, só houve dois concelhos com um aumento de preços abaixo da inflação média (6,7%): Matosinhos e Paredes.
Todos os outros 52 concelhos analisados pelo Instituto Nacional de Estatística têm aumentos maiores do que a inflação.
O Algarve destaca-se, sublinha o Eco. Há praticamente dois anos que as casas no Algarve sobem no mínimo 10%, trimestre após trimestre.
Ao todo, desde 2019 o preço mediano das casas no Algarve passou de 1.658 euros para 2.609 euros. É uma subida de 57% em quatro anos.
Há uma região com um aumento ainda superior: a área metropolitana de Lisboa, com 59%.
Mas é no Algarve que estão – todos – os cinco concelhos onde o preço mediano das casas subiu acima de 20% por ano.
Vila do Bispo bate recordes, com aumento anual de 38% desde 2021. E refira-se que a média nacional é de 12,3% – ou seja, em Vila do Bispo regista-se mais do triplo na subida.
No top-5 dos aumentos nos últimos dois anos estão ainda: Portimão (29%), Vila Real de Santo António (24%), Aljezur (23%) e Lagos (20%).
Moita também se situa nos 20%, pouco acima de Faro, Setúbal, Lagoa e Espinho, que estão na lista dos 10 concelhos onde os preços das casas subiram mais.
No geral, as casas em Portugal continuam a ficar mais caras mas os valores são mais “suaves” agora. A subida do preço mediano foi de 7,6% no primeiro trimestre deste ano – tinha sido 10,7% no último trimestre do ano passado. Ou seja, a subida mantém-se mas a percentagem baixa.