Já sabemos como é que os tardígrados acasalam

ZAP // Dall-E-2

Uma equipa de investigadores descobriu a primeira prova de que os tardígrados machos conseguem encontrar as fêmeas pelo cheiro.

Os cientistas descobriram, pela primeira vez, como é que os tardígrados acasalam.

Como esta criatura, uma das mais resistentes do planeta, apresenta poucas diferenças entre machos e fêmeas, os cientistas pensavam que era bastante improvável que os animais encontrassem companheiros apenas pela visão.

No entanto, este novo estudo revelou que as fêmeas libertam um sinal químico que atrai os machos. Nas experiências, estes reagiram fortemente, movendo-se em direção às fêmeas em ambientes aquáticos. Já as fêmeas não pareciam ter a mesma compulsão.

Segundo o Live Science, a equipa de Justine Chartrain, investigadora de doutoramento na Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, realizou várias experiências com a espécie Macrobiotus polonicus para ver como reagiam os indivíduos quando expostos a membros do sexo oposto.

Depois de colocarem um tardígrado fêmea numa “arena” selada e um macho noutra, com outro tardígrado no meio, registaram o comportamento deste último animal.

“No ambiente aquático, os machos passavam mais tempo ao lado das fêmeas do que ao lado dos machos”, disse a investigadora, acrescentando que este comportamento sugeriu que os machos podiam sentir o cheiro das fêmeas.

Com base nestes resultados, os cientistas testaram as criaturas numa substância semelhante à gelatina, chamada agar. Quando um urso de água era libertado, era-lhe dada uma vantagem para passear pelo agar antes de outro tardígrado ser libertado.

“Queríamos saber se os tardígrados podiam depositar pistas químicas e seguir esse trajeto”, explicou Chartrain. Apesar de nenhum dos sexos ter seguido um caminho criado por outros tardígrados, no agar, os machos seguiam as fêmeas depois de as encontrarem ao acaso.

Se, por um lado, as fêmeas ignoravam os machos, estes mudavam frequentemente de rota para se deslocarem ao lado das fêmeas.

O artigo científico foi publicado, em novembro, no Journal of Experimental Biology.

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