Há muito tempo que os cientistas se questionam como é que as borboletas voam. Isto porque, em comparação com outros animais, têm asas invulgarmente curtas, largas e grandes em relação ao tamanho do seu corpo.
Mas agora, conta o canal televisivo CNN, biólogos da Universidade de Lund, na Suécia, testaram uma teoria com 50 anos que defende que estes insetos “batem” as asas juntas, empurrando o ar preso para criar um jato e levar assim o animal na direção contrária.
A equipa estudou algumas borboletas durante o voo e, na sua análise aerodinâmica, descobriu que as asas têm a forma de uma concha durante o movimento ascendente e batem uma na outra, empurrando o inseto para a frente. Enquanto isso, o movimento descendente ajuda no suporte do peso.
Os investigadores também notaram que as asas tinham um comportamento incomum: em vez de chocarem, como duas superfícies planas, dobravam-se para criar uma “forma de bolso”, o que captura mais ar e melhora a propulsão.
Segundo a cadeia televisiva norte-americana, os biólogos descobriram que as asas flexíveis aumentaram a eficiência do “aplauso” em 28%, em comparação com as asas rígidas.
Os especialistas acreditam que estes insetos podem ter evoluído para favorecer este formato de asa incomum, com o intuito de evitar predadores.
“Esta flexibilidade pode ser uma das razões pelas quais têm este formato de asa incomum. As borboletas levantam voo muito rapidamente – fazem isto como uma medida de segurança, para minimizar o risco de serem apanhadas”, explicou Per Henningsson, professor associado de Biologia na universidade sueca e um dos autores do estudo publicado, esta quarta-feira, na revista científica Journal of the Royal Society Interface.
Seria interessante poder ver un video ao “ralenti” do vôo das borboletas. Certamente os cientistas dever ter registado com câmaras de alta velocidade.