Comissão Europeia dá (mais) más notícias para a carteira das famílias

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As previsões da Comissão Europeia dão conta de um aumento dos preços da energia em 2024 e que as taxas de juro continuem a subir.

O último ano tem trazido vários desafios para as finanças das famílias em Portugal, com a escalada de inflação e a subida das taxas de juro a fazer disparar as prestações para quem tem crédito à habitação.

As previsões da Comissão Europeia indicam que este cenário difícil está longe de terminar. Pior ainda, existe a possibilidade de algumas situações se agravarem, especialmente para aqueles com créditos à habitação, explica o ECO.

A taxa Euribor a 3 meses, que é referência para 23% dos contratos de empréstimo habitacional, atingiu uma média de 3,21% em 2023, um aumento em relação aos 2,85% do ano anterior. Estima-se que a taxa atinja 3,4% este ano e 3,6% em 2024.

Os preços da energia também continuam a ser uma fonte de preocupação. Embora a Comissão Europeia antecipe que a inflação desacelere nos próximos meses, prevê-se que termine este ano com uma média de 5,6% e atinja 2,9% em 2024.

Este fenómeno é atribuído em parte ao aumento dos preços da energia. Por exemplo, o preço do barril de petróleo Brent deverá ser negociado a 81,8 dólares este ano e 81,2 dólares em 2024, ambos acima da média de 80,95 dólares em 2023. Adicionalmente, não se prevê um alívio nos preços da gasolina ou do gasóleo.

A gestão orçamental familiar continua a ser complicada, particularmente com os crescentes custos da eletricidade e do gás. Apesar das revisões mais baixas nas previsões de preços para 2023 e 2024, a Comissão Europeia prevê que o preço da eletricidade aumente 28,7% e o preço do gás natural suba 27,1% nos mercados internacionais entre 2023 e 2024.

Em resumo, as famílias portuguesas devem preparar-se para mais desafios financeiros à medida que os preços continuam a subir em várias frentes, desde habitação à energia.

ZAP //

10 Comments

  1. Tu é que estás em falência. Obviamente que não há outra forma de combater a inflação sem ser com a subida dos juros. E a inflação tem mesmo de ser combatida. A inflação promove a destruição dos rendimentos sobretudo de quem vive apenas de um salário fixo e não possui bens. Estas pessoas serão sempre as mais penalizadas por elevadas taxas de inflação.

  2. Essa teoria de que a inflação tem que ser combatida com a subida dos juros não pega. Isso só leva a mais dinheiro para encher os bolsos dos bancos e do BCE!
    Teoricamente tira poder de compra e as leis do mercado dizem que se há menos poder de compra, haverá menos procura e se há menos procura, os preços vão baixar.
    Só que quando falamos em inflação, falamos em preço dos cabazes básicos. Daqueles produtos que todos precisam. Daqueles produtos que dê por onde der, tem que se comprar. Ora, o aumento dos juros afecta principalmente quem está a pagar uma casa e que arrisca-se a não poder pagar a casa e ter que ir pagar uma renda que no final não está muito mais baixa.
    Também pode afectar o investimento das empresas, que ao não se conseguirem financiar, ou financiando a taxas mais elevadas, ficam com menos dinheiro para por exemplo aumentar vencimentos.
    A teoria é muito boa mas em economia as teorias estão assentes num princípio que é o “ceteris paribus” que significa que tudo o resto é constante, só que não é! Um aumento de juros tem implicação em muitas outras coisas e não influencia apenas a redução da procura.
    Tanto assim o é, que eles aumentam os juros mas as coisas continuam a aumentar e não temos essa redução da inflação. Quer dizer, vamos ter em relação ao ano anterior, mas tendo em conta as enormes subidas que existiram, o que nos interessa é que exista uma deflação, que não vão conseguir aumentando as taxas de juro.
    Este aumento teve maioritariamente a ver com a guerra, mas também com as empresas a tentarem recuperar as perdas que tiveram com o Covid. Deixassem o mercado andar e não tinham que andar a cometer este erro de aumento de juros que lixa quem menos tem.

  3. Caro POIS , quando não poder pagar a casa ou não tiver dinheiro para o GAZ ou para a Eletricidade estou para ver se fala assim, concordo com o Sr. Figueiredo, a UE está na Falência e a URSA vai nos levar a Banca Rota.Dos 6 continentes podemos não ser dos Piores mas já não deve faltar muito. Infelizmente quem nos dirige em Bruxelas não tem ideias e nem se preocupam com Países como Portugal porque eles ganham bem

  4. Classe medio vai desaperecer. Negócios pequenos vão desaperecer
    Estão fazer tudo para isto.
    Ou vamos dizer não agora, ou vai doer

  5. Por aqui é só economistas de bancada. Isto não é uma questão de opinião. Não é futebol. Estudem economia e perceberão porque motivo é que tem mesmo de haver aumento das taxas de juro. Repito: isto não é futebol.

  6. Temos inflação porque é preciso imprimir muito mais dinheiro. A UE pediu muito dinheiro -emprêstimo de usura – aos fundos internacionais após o Covid que nem os nossos bisnetos conseguirão repagar, e agora dia a dia a UE está a deitar toneladas de euros na lareira para continuar a suportar a guerra em vez de suportarem a paz. E por motivos ideológicos já deixaram de comprar o óleo e o gás à Rússia.
    Diretamente. Porque continuam a comprar à Rússia através da China e a Índia, indiretamente. E esses intermediários aumentam o preço.

  7. Faltou acrescentar um dos principais factores desta inflacção: a criação de mais unidades de moeda e introdução dessa quantidade monetária no mercado. Desde 2014 que o BCE iniciou este processo em resposta à crise financeira de 2008, injectando mais cerca de 23% de moeda no mercado. Ora isto leva, por si só a inflacção, à medida que entra na economia real.

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