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Comboio obriga à demolição de casas em Contumil, Rio Tinto e Ermesinde

Algumas das habitações junto ao combio que vão ser demolidas, em Rio Tinto

O alargamento da ferrovia entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo) vai obrigar à demolição de casas em Contumil, Rio Tinto e Ermesinde.

O projeto de execução do alargamento da ferrovia entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo) confirmou esta segunda-feira que terão de ser demolidas 87 edificações.

Ds 87 infraestruturas, incluem-se 15 casas, em Contumil, Rio Tinto e Ermesinde.

Em causa está a duplicação de duas para quatro vias da Linha do Minho entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), no distrito do Porto, que vai permitir separar o tráfego das linhas do Douro e Minho a sul de Ermesinde, aumentando a capacidade ferroviária a norte do rio Douro e a fiabilidade dos serviços.

O projeto inclui ainda a beneficiação do apeadeiro de Águas Santas/Palmilheira e da estação de Rio Tinto, ligando-a através de uma alameda pedonal e parque de estacionamento até à estação de Campainha do Metro do Porto.

Contumil é uma zona carenciada da cidade do Porto, com muitas habitações sociais. Nas proximidades do comboio, há um aglomerado de habitações e anexos de apoio a trabalhos agrícolas/abrigos para animais“.

As estruturas a demolir são sobretudo anexos (alguns habitáveis) e garagens de habitações da rua da Ranha, no Porto, junto à Circunvalação, apesar de se prever a demolição de pelo menos uma habitação completa, correspondente ao número de porta 190.

Já a norte da estação de Rio Tinto, que será também ampliada de duas para quatro linhas, encontra-se uma zona “constituída por um aglomerado de habitações e alguns anexos existentes nos logradouros”, dos quais cerca de uma dezena de casas em estado habitável serão demolidas.

Em causa estão edifícios na Rua e Travessa Padre Joaquim das Neves, bem como instalações já próximas da Rua do Caneiro e passagem de nível homónima, que será suprimida e substituída por uma passagem inferior rodoviária.

Todas as passagens de nível serão suprimidas e substituídas por passagens inferiores ou superiores.

Será também demolida uma habitação junto ao Complexo Fernando Pedrosa, ainda em Rio Tinto.

Já perto de Águas Santas (Maia), em causa está “um pequeno número de habitações e uma oficina de automóveis e uma garagem na zona do apeadeiro”, envolvendo também anexos, construções em mau estado de conservação e as casas nos números 72 e 201 da Travessa João de Deus, já em Ermesinde (Valongo).

O Estudo de Impacto Ambiental da obra, noticiado em 2023 pela Lusa, referia que em causa estavam 88 edifícios e 21 casas habitadas.

O concurso público para executar a empreitada foi lançado na quarta-feira e tem o valor de 150 milhões de euros.

ZAP // Lusa

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