A vida do Twitter pode estar por horas

Cerca de 360 trabalhadores terão criado um grupo chamado “saídas voluntárias” no Slack, plataforma anteriormente usada pelos funcionários do Twitter nas suas comunicações profissionais.

Elon Musk, o multimilionário dono do Twitter, fez chegar aos seus funcionários esta semana um e-mail em que os informa das intenções de criar “um inovador Twitter 2.0” para “ter sucesso num mundo cada vez competitivo”. Para lá chegar, explicou, será necessária uma abordagem de trabalho “extremamente hardcore“, com “muitas horas” e “grande intensidade”.

Para além desta explicação, a mensagem era acompanhada de dois botões: um de “sim” e outro de “não” através dos quais os funcionários deveriam mostrar a sua disponibilidade para continuar (ou não) na empresa.

De acordo com o Expresso, quem não carregasse até às 22 horas de ontem (horário de Lisboa) seria considerado demissionário e iria para casa.

No entanto, o mau ambiente na empresa não se fica por aqui. Ao fim da tarde de ontem começaram ainda a circular rumores de que os funcionários estariam impedidos de aceder aos escritórios, de forma a evitar que estes tivessem algum tipo de iniciativa que fosse encarada como “sabotagem” da rede social.

A Reuters dá conta esta sexta-feira de saídas dos funcionários por vontade própria na ordem das centenas, numa fase em que os despedimentos também foram muitos. Cerca de 360 trabalhadores terão criado um grupo chamado “saídas voluntárias” no Slak, plataforma anteriormente usada pelos funcionários do Twitter nas suas comunicações profissionais, mas que entretanto haveria sido bloqueado.

O Expresso avança ainda que as salas de chat dos funcionários estão repletas de emojis de corações azuis e de continências militares, em mostras de adoração pela empresa, mas sobretudo de missão cumprida.

Nas últimas horas, a rede social registou diversos momentos de instabilidade técnica, o que muitos relacionam com a falta de funcionários importantes e que ao longo dos últimos anos foram responsáveis pela resolução de questões técnicas mais relevantes. As próximas horas, quando se espera que essas falhas aumentem ou sejam sentidas mais drasticamente pelos utilizados, podem ser determinantes para o futuro das redes sociais.

ZAP //

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