Temperatura de pista na sessão de Treinos Livres da última sexta-feira chegou aos 59.º Celsius.
Após duas semanas de interregno, a Fórmula 1 está de regresso para a 12.ª ronda do Campeonato Mundial, com o Grande Prémio de França, no circuito de Paul Ricard. Apesar de se tratar de um circuito bem conhecido das equipas, por já integrar o calendário há vários anos, este fim de semana está revestido de uma dificuldade acrescida: as altas temperaturas previstas para o sul de França e que prometem levar ao limite pilotos, unidades motrizes e pneus.
O foco vira-se, por isso, para os engenheiros que, recorrendo a técnicas mais ou menos tecnológicas, tentam reduzir o risco de abandono por problemas de fiabilidade e reduzir o mau-estar dos pilotos durante as 53 voltas da prova. Tal como escreve o Observador, algumas das medidas passam por equacionar todas as entradas de ar e refrigeração dos carros, o que os terá consequências ao nível do peso e da aerodinâmica.
A mesma fonte destaca que o calor também pode levar os Fórmula 1 a perder performance, em função da menor resistência do alumínio, mas também pela perda de propriedades do óleo – o que limita a sua lubrificação.
Esta será a primeira oportunidade que as equipas terão para testar o comportamento dos novos pneus de 18 polegadas neste tipo de condições, já que nem nos primeiros grandes prémios da temporada, realizados no Médio Oriente. Nos Treinos Livres da última sexta-feira, as condições de pista indicavam uma temperatura de 57.º Celsius.
Para dificultar a tarefa dos pilotos há ainda que considerar a questão da humidade, a qual tende a comprometer sobretudo o desempenho do piloto. Como tal, alguns recorrem a técnicas como colocar a roupa interior no congelador ou usar um colete refrescante por baixo dos fatos à prova de fogo exigidos pela FIA. Já os engenheiros deverão recorrer a cobertores de alumínio ou aos famosos cubos de gelo seco, inseridos no radiador antes dos cinco semáforos se apagarem.