A maioria das colisões entre buracos negros permanece oculta dos telescópios

LIGO

Conceção artística da colisão de dois buracos negros por Aurore Simonnet

A maioria das colisões entre buracos negros permanece escondida dos telescópios convencionais, de acordo com uma campanha de observação sobre colisões de objetos compactos no Universo.

A busca por colisões entre buracos negros baseia-se na análise de fontes de ondas gravitacionais detetadas pelo maior observatório de ondas gravitacionais do mundo, o Laser Interferometric Observatory (LIGO) e revela que todas as fontes são oticamente “escuras”.

A Universidade da Austrália Ocidental (UWA) e a Universidade de Paris coordenaram uma abordagem para controlar várias instalações e observatórios em todo o mundo que publicariam os resultados em publicações mensais da Royal Astronomical Society.

A colaboração, denominada GRANDMA, é uma rede multinacional de 25 telescópios robóticos de 12 países com a capacidade eletromagnética de acompanhar ondas gravitacionais.

Segundo o Europa Press, a capacidade de detetar fontes de ondas gravitacionais é relativamente nova. Até agora, apesar de terem sido detetadas várias, só uma foi observada através de um telescópio ótico.

Os especialistas argumentam que a indescritibilidade destes objetos se deve à incerteza da sua localização exata, que pode diferir de milhares de quadrados graduados no Espaço – o mesmo que encontrar uma agulha num palheiro.

Bruce Gendre, investigador da UWA, realça que esta iniciativa destaca a importância de ter uma rede dedicada de telescópios que possam contribuir para o conhecimento global.

ZAP //

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