Um antioxidante presente nos cogumelos ostra dourados (Pleurotus citrinopileatus) protege contra os efeitos do envelhecimento.
Num estudo levado a cabo por investigadores japoneses, cujos resultados foram publicados recentemente na npj aging, o consumo regular de cogumelos ostra dourados protegeu o coração e favoreceu a longevidade de ratinhos.
Estes fungos, nativos de partes da Rússia, China e Japão, são uma das fontes naturais mais ricas de um antioxidante chamado ergotioneína.
Estudos anteriores, com seres humanos, já tinham demonstrado que este composto está associado a um menor risco de doença cardíaca e morte prematura.
Agora, para perceber melhor este fenómeno, os investigadores da Universidade de Kumamoto, no Japão, alimentaram 10 ratos de meia-idade com cogumelos ostra dourados em pó e monitorizaram a sua saúde cardíaca. Os ratinhos comeram diariamente cerca de 9 gramas de cogumelos em pó por quilograma de peso corporal.
Como detalha a New Scientist, ao fim de um ano, os ratinhos tinham uma função cardíaca significativamente melhor do que os que não foram alimentados com os cogumelos. Por exemplo, os seus corações bombeavam, em média, mais 20% de sangue para o corpo em cada contração.
Os ratinhos também conseguiam correr mais rápido e maiores distâncias, e tinham níveis mais baixos de marcadores genéticos associados à insuficiência cardíaca.
Estes indicadores pioram normalmente com a idade, o que sugere que os cogumelos ostra dourados podem proteger contra o declínio da saúde cardiovascular relacionado com a idade.
No entanto, os investigadores apontaram que as pessoas podem não estar a ingerir quantidades suficientes deste antioxidante.
A ergotioneína é produzida por fungos do solo, que a transmitem a muitas culturas através das suas raízes. As práticas agrícolas modernas, como a mobilização intensiva do solo, perturbam este processo, o que pode reduzir os níveis de ergotioneína nas plantas até 30%.
