Os chamados cogumelos de fogo são fiéis ao seu nome e proliferam em florestas atacadas por incêndios. O seu valor é de mais de 30 euros por quilo.
Forragear é uma prática que tem ganhado cada vez mais adeptos um pouco por todo o mundo. Os cogumelos são muitas vezes o principal alvo destes aventureiros que procuram uma espécie de alternativa à caça ou à pesca. Afinal de contas, eles não sangram, não se escondem e muito menos fogem.
Em específico, há cogumelos misteriosos que alguns forrageadores visam: os chamados cogumelos de fogo. Estes fungos crescem exclusivamente e prolificamente nas paisagens de florestas recentemente ardidas.
Existem cinco espécies conhecidas de cogumelos de fogo. Apesar de estarem sempre presentes, só florescem após um incêndio. Estes cogumelos podem ficar escondidos por até 50 anos, apenas esperando que surja um incêndio, explica a página Modern Forager.
“Às vezes, em incêndios, há centenas deles”, diz Joe Spivack, um forrageador da Cascade Mycological Society, citado pelo Atlas Obscura. “Você pode ver pelo menos cem cogumelos [de fogo] numa área do tamanho de um capô de carro”.
Devido à sua raridade, estes cogumelos selvagens são considerados uma iguaria, custando facilmente mais de 30 euros por quilo quando frescos e bem mais de 100 euros por quilo quando secos, detalha o portal Better Homes & Gardens.
Boyne City, no Michigan, hospeda o Festival Nacional do Cogumelo de Fogo e um campeonato de caça todos os anos. A Scientific American escreve que o recorde para este evento foi estabelecido em 1970, quando o vencedor conseguiu apanhar mais de 900 destes cogumelos em apenas 90 minutos.
Os cogumelos de fogo são tóxicos quando crus, mas têm um sabor subtil de umami quando cozinhados. Para os mais leigos, umami é uma palavra de origem japonesa, que significa “gosto saboroso e agradável”.
A sua textura pode ser descrita como um ovo, de acordo com o micologista e produtor de cogumelos Graham Steinruck.
Dependendo da localização, eles brotam apenas na primavera após um fogo ou incêndio. Os cogumelos de fogo têm um ciclo de vida peculiar e pouco estudado, o que torna difícil cultivá-los em grande escala e em interiores.