Uma Coca-Cola ajudou a resolver crime de violação e homicídio com 28 anos

O assassinato da norte-americana Amanda Teresa Stavik, que foi encontrada morta em 1989, com sinais de violação, foi finalmente resolvido, graças a uma lata de Coca-Cola e a um copo de plástico com vestígios de ADN do suspeito.

Amanda Teresa Stavik foi dada como desaparecida a 24 de Novembro de 1989 quando tinha 18 anos. O seu corpo acabou por aparecer três dias depois a flutuar num rio, a vários quilómetros da sua casa, no condado de Whatcom, em Washington, EUA.

A jovem foi sequestrada, violada e assassinada, mas foram precisos 28 anos para encontrar um suspeito do crime que agora vai ser julgado em Abril de 2019.

O homem foi detido em Dezembro de 2017, mas só um ano depois da detenção se deu um passo decisivo para o incriminar pela morte da jovem, após os tribunais aceitaram uma lata de Coca-Cola e um copo de plástico como provas-chave do processo.

O caso reportado pelo jornal local The Bellingham Herald destaca que ao longo de 28 anos de investigação levada a cabo por vários detectives, foram recolhidas milhares de evidências, mas nunca foi encontrado um culpado.

O facto de terem sido encontrados vestígios de sémen na vítima permitiu definir um perfil de ADN do suspeito, que foi comparado com o de várias pessoas da zona onde a jovem vivia.

O homem agora acusado, Timothy Forrest Bass, de 51 anos, foi contactado pela polícia por duas vezes, mas recusou-se sempre a fornecer amostras de ADN. E como as provas contra ele não eram suficientemente fortes para o poder obrigar a dar essas amostras, nunca foi possível acusá-lo.

Todavia, essa recusa acabou por centrar o olhar das autoridades nas suas rotinas. A polícia tentou obter da padaria onde ele trabalhava como distribuidor uma rota dos seus percursos de entrega, para o investigar, mas a empresa recusou-se a fazê-lo sem um mandado judicial.

Até que em 2017, finalmente, as autoridades contaram com a colaboração de uma colega de trabalho de Bass que forneceu as rotas do homem e o tempo que passava, em média, em cada entrega. Além disso, ela manifestou vontade de recolher provas contra Bass e apanhou do lixo um copo de plástico e uma lata de Coca-Cola utilizados pelo suspeito.

Os exames periciais concluíram que o ADN de Bass nos objectos recolhidos coincidia com o perfil definido a partir do sémen recolhido da vítima, como destaca o The Bellingham Herald.

Bass acabou por ser detido a 1 de Dezembro passado e acusado de homicídio em primeiro grau.

A defesa do suspeito ainda tentou suprimir as provas da acusação, alegando que foram obtidas de forma ilegal. Mas o tribunal entendeu aceitá-las como válidas, notando que a funcionária que as recolheu agiu por iniciativa própria e sem ter sido pressionada pelas autoridades.

ZAP //

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