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Afinal, as cobras também são animais sociáveis

Judy Gallagher / Flickr

A cobra Thamnophis sirtalis

As cobras são geralmente consideradas criaturas solitárias e frias. No entanto, um novo estudo sugere que o relacionamento entre elas pode, de facto, ser mais complexo do que se pensava.

De acordo com o site IFLScience, cientistas da Universidade Wilfrid Laurier, no Canadá, colocaram 40 cobras da espécie Thamnophis sirtalis sirtalis num espaço com quatro abrigos separados em grupos de 10.

Durante oito dias, a equipa, cujo estudo foi publicado, em abril, na revista científica Behavioral Ecology and Sociobiology, observou o comportamento destas cobras, marcadas com pontos coloridos. Duas vezes por dia, as posições das cobras eram registadas, o local era limpo e os répteis colocados novamente em lugares diferentes.

Para além do facto de as cobras parecerem procurar ativamente a interação social, agrupadas em grupos de três a oito, também se reuniam rotineiramente com os mesmos indivíduos.

Para entender melhor este comportamento, os cientistas também testaram as personalidades das cobras ao avaliar a sua “ousadia”. Quer individualmente quer em grupo, a equipa registou a duração de tempo em que as cobras se aventuravam fora dos seus abrigos seguros.

Algumas exploravam mais a área, enquanto outras ficavam no seu abrigo. Estas diferenças acabaram por impactar a forma como interagiam umas com as outras, embora até as cobras mais ousadas tenham sucumbido um pouco à chamada “mentalidade de grupo” quando agrupadas, passando cerca de 94% do tempo nas suas zonas seguras.

Embora este estudo tenha sido realizado em laboratório, os autores suspeitam que este comportamento social também ocorra no seu habitat natural. Até porque é provavelmente vantajoso: podem proteger-se de outras presas e ajudar a reter o calor e a humidade.

ZAP //

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