A cobra de duas cabeças, encontrada no jardim de uma casa no estado norte-americano da Virgínia, tinha cerca de duas semanas e apenas 15 centímetros de comprimento.
Uma mulher do estado da Virgínia, nos EUA, encontrou, na semana passada, uma surpresa nada agradável no jardim de sua casa: uma cobra com duas cabeças. De acordo com os especialistas, citados pelo Science Alert, esta é uma descoberta extremamente rara.
A cobra, da espécie Agkistrodon contortrix, foi encontrada no passado domingo e removida do local para ser mantida ao cuidado de um cuidador de répteis com experiência neste tipo de animais, até ser encontrada uma solução permanente.
As cobras de duas cabeças (bicéfalas) aparecem de tempos em tempos. A sua formação ocorre devido ao mesmo processo que produz gémeos siameses – um único zigoto divide-se em dois, como se fosse para produzir gémeos idênticos, mas o processo não chega ao fim.
Este fenómeno na vida selvagem é “excecionalmente raro”, escreveu o herpetólogo John D. Kleopfer na sua página do Facebook, “porque não costumam viver tanto tempo”.
Isto acontece porque as duas cabeças são capazes de controlar o corpo, o que resulta em movimentos descoordenados (como é possível verificar no vídeo), sendo não só difícil para este animal caçar as suas presas como também acaba por o tornar numa presa fácil.
No entanto, quando estão ao cuidado de herpetólogos em museus ou jardins zoológicos, ou seja, fechadas em espaços seguros e com alimento fácil, as cobras bicéfalas podem viver durante muito tempo.
A cobra recentemente descoberta é, sem surpresa, um espécime bastante novo – tinha cerca de duas semanas quando foi encontrada e apenas 15 centímetros de comprimento. Provavelmente, adianta o mesmo site, alimentava-se de insetos.
Para já, este pequeno réptil encontra-se bem e, com sorte, poderá vir a ser exposta num museu. “Graças ao Centro de Vida Selvagem da Virgínia fomos capazes de determinar que a cabeça esquerda tem o esófago dominante e a direita tem a garganta mais desenvolvida para comer”, escreveu ainda Kleopfer. “Com um bocadinho de sorte e algum cuidado, esperamos poder vir a doá-la a um jardim zoológico para ser exibida”, conclui.