Clima: Portugal quase no top-10, numa lista que tem o pódio…vazio

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Na lista de países com melhores desempenhos em relação às alterações climáticas, ninguém tem um desempenho “muito alto”. Índia à frente de Portugal.

O Índice de Desempenho das Alterações Climáticas foi actualizado e Portugal melhorou a sua posição.

Portugal ocupava, no ano passado, o 16.º lugar e agora aparece no 14.º posto. Uma subida de dois “degraus”.

O jornal Eco escreve que o país melhorou nas emissões de gases poluentes, estão agora num nível médio – tal como são “médios” o uso de energia, as energias renováveis e a política climática.

O Índice de Desempenho das Alterações Climáticas é elaborado há 17 anos pela Germanwatch, pelo NewClimate Institute e pela Rede Europeia para a Acção Climática – com colaboração da Zero.

As quatro categorias avalias são: emissões de gases com efeito de estufa, energia renovável, uso de energia e política climática.

Esta lista não tem um líder. Aliás, o pódio está vazio porque nenhum país merece uma nota de desempenho “muito alto”.

Essa classificação seria entregue a países que estão a cumprir rotinas que mantenham o aquecimento global abaixo dos 1.5 ºC. Não há.

O país mais bem classificado é a Dinamarca, no quarto lugar, à frente da Suécia. Os dois países apresentaram um desempenho “alto” – tal como Portugal.

Assim, na prática, Portugal é o 11.º país com melhor desempenho em relação ao clima, já que a classificação só começa na Dinamarca, no quarto lugar.

Índia, Noruega e Reino Unido são países que produzem muito petróleo mas também recebem uma nota de desempenho “alta”. E estão todos à frente de Portugal.

Mais para baixo ficaram as “potências” China, no 51.º posto, e os Estados Unidos da América, pouco abaixo, na 53.ª posição – os EUA estão mesmo num nível “muito baixo” em três dos quatro critérios-base do índice.

A nível global, houve uma “grande melhoria” em 2021: deixar de utilizar carvão para produzir energia eléctrica.

Por outro lado, fica a nota negativa para o facto de os subsídios aos combustíveis fósseis só terminarem em 2030. Os transportes continuam a poluir cada vez mais e há falta de apoio para expandir a agricultura sustentável ou para prevenir fogos florestais.

Sobre as energias renováveis, com classificação “alta”, é preciso “mais energia solar descentralizada”.

ZAP //

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