City campeão europeu: Cityzens roubam “orelhuda” à lei da bomba

Erdem Sahin / EPA

Rúben Dias levanta o troféu da Liga dos Campeões

Manchester City campeão europeu pela primeira vez. Vitória por 1-0 contra o Inter Milão. Títulos europeus para Rúben Dias e Bernardo Silva, italianos perderam todas as finais.

MINUTO 68. Este foi o momento da glória do Manchester City e que decidiu a final de Istambul. Num lance cozinhado por Akanji (na abertura) e por Bernardo Silva (no cruzamento), Rodri preparou um “míssil” e disparou com precisão, batendo Onana e colocando o nome dos “cityzens” no Olimpo do futebol europeu.

O conjunto inglês conquistou o “treble”, juntando a Champions à Premier League e à Taça de Inglaterra.

Na recta final, o Inter foi com tudo em busca do empate e esteve, em três ocasiões, muito perto de marcar, não o fez e a festa na Turquia foi ao ritmo dos Oasis e da “banda” de Pep Guardiola.

O espanhol juntou-se a Bob Paisley e a Zinedine Zidane na galeria de treinadores que já venceram a “orelhuda” em três ocasiões.

Malapata para os três conjuntos italianos que chegaram a finais europeias. Inter, Roma e Fiorentina viram fugir a Liga dos Campeões, Liga Europa e Conference League, respectivamente.

Herói improvável abate italianos matreiros

O equilíbrio foi nota dominante nos primeiros 47 minutos de jogo. O City, com Aké a substituir Kyle Walker – John Stones ocupou a faixa direita e o neerlandês o corredor contrário – no “onze”-tipo, até entrou melhor e, ao minuto 5, Bernardo Silva falhou por centímetros o primeiro golo da noite.

Paulatinamente, os “nerazzurri” começaram a ser mais agressivos, acertaram na marcação, oscilando entre um bloco mais recuado e compacto quando não tinham a bola, ora pressionavam alto.

Estratégia que deixou os ingleses desconfortáveis e obrigaram Ederson e companhia a cometerem diversos erros na primeira fase de construção.

O conjunto de Manchester voltou a ganhar algum ascendente e viu Haaland atirar com perigo, obrigando Onana a mostrar reflexos.

Foi a ocasião mais clara no encontro, que ficou ainda marcado pela lesão de Kevin de Bruyne. O belga, que já se tinha lesionado há duas épocas na final diante do Chelsea, foi substituído por Phil Foden.

Rúben Dias era a unidade com melhor nota nesta fase com um GoalPoint Rating de 6.3, destacando-se com apenas dois passes falhados em 52 tentados (eficácia de 96%), 64 acções com a bola, sete duelos vencidos e seis acções defensivas.

No recomeço, o Inter voltou a impor-se, com um futebol agressivo e directo que bloqueava o jogo interior do City e deixava a equipa contrária sem soluções para ultrapassar a teia transalpina.

Num jogo de paciência, os “nerazzurri” condicionavam as armas do opositor e esperavam por uma falha e foi isso que ocorreu perto da hora de jogo: Akanji ficou “a dormir”, Lautaro aproveitou e chegou à área, mas não teve arte nem engenho para bater Ederson.

O City despertou, Foden deixou um aviso, Bastoni impediu que Haaland se isolasse, mas instantes depois nada impediu que Rodri fosse o herói, numa “bomba” que deixou Onana pregado ao relvado.

Em busca do prejuízo, o Inter remeteu os ingleses ao último reduto. Dimarco cabeceou à barra, na sequência Lukaku fez de defesa e impediu o tento do empate. Na melhor fase da final, Foden fez quase tudo bem, mas pecou na hora do remate.

E no último assalto, Lukaku cabeceou, Ederson respondeu com uma enorme intervenção e por pouco Rúben Dias não fez um autogolo.

Na última jogada do encontro, Gosens atirou e Ederson foi enorme, gigante, e estendeu a passadeira para o City levantar, pela primeira vez na história, a Liga dos Campeões.

O Inter, que procurava o quarto título europeu, demonstrou porque razão chegou à final.

Melhor em campo: Rodri

No final do jogo, o espanhol admitiu que fez uma primeira parte “horrível”. Mas o espanhol recuperou e foi determinante no sucesso do City, marcando um golaço, pleno de oportunismo, naquele que foi o único remate que realizou e o segundo golo que fez nesta edição da Champions. O médio concluiu o embate com uma eficácia de 92% no capítulo do passe (cinco falhados em 65 tentados), acertou os seis longos que arriscou, acumulou 80 acções com o esférico, recuperou a posse em nove ocasiões, perdendo a mesma também por nove vezes e foi responsável por seis acções defensivas. O MVP teve um GoalPoint Rating de 7.8.

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