​Cirurgiões do Amadora-Sintra ameaçam demitir-se em bloco (para forçar saída de quem denunciou más práticas)

Ministério da Saúde

Hospital Amadora-Sintra

Quase todos os médicos da equipa de cirurgiões do Hospital Fernando Fonseca, mais conhecido por Amadora-Sintra, ameaçam demitir-se se os denunciantes de alegadas más práticas médicas nas cirurgias desta unidade não forem afastados.

A exigência surge num abaixo-assinado que foi entregue à administração do hospital e que foi consultado pelo Expresso.

A carta foi apresentada à administração do hospital na semana passada e discutida nesta quinta-feira, de acordo com o jornal.

Perante a ameaça de quase todos os médicos da cirurgia do Amadora-Sintra, “a directora clínica até já pediu ajuda à Ordem dos Médicos [OE] para encontrar uma resposta para o ultimato de demissão colectiva“, avança o Expresso.

Mas o bastonário da OM, Miguel Guimarães, recusa fazer parte da questão, notando que é um assunto que cabe à administração do hospital resolver. Por isso aconselha os responsáveis da unidade a “falar com os médicos numa tentativa de os sensibilizar”, como cita o Expresso.

O abaixo-assinado foi assinado pela larga maioria dos médicos do Serviço de Cirurgia Geral do Amadora-Sintra, nomeadamente pelos três cirurgiões que estão envolvidos no único caso confirmado de más práticas, após uma peritagem feita pela OM, como refere o mesmo jornal.

Estes três médicos estão a ser alvo de processos disciplinares, como anunciou a administração do hospital.

Um médico do Amadora-Sintra denunciou a existência de 22 casos de cirurgias desnecessárias e de operações com falhas, incluindo mutilações e até casos de mortes.

Mas uma perícia feita pela OM encontrou apenas indícios de más práticas num único caso, recusando a ideia de “má prática generalizada”.

ZAP //

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