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Circulação automóvel proibida em Madrid em casos de poluição extrema

cuellar / Flickr

Entardecer na Gran Vía de Madrid, Espanha

Entardecer na Gran Vía de Madrid, Espanha

A Câmara Municipal de Madrid aprovou um novo protocolo de acção para casos de poluição elevada, endurecendo as medidas de restrição do tráfego que já vigoram desde março.

Pela primeira vez, há agora a possibilidade de proibir a circulação a todos os veículos de passeio quando a qualidade do ar estiver excepcionalmente má, informou o El País.

Segundo Inés Sabanés, secretária municipal do Meio Ambiente e Mobilidade de Madrid, as medidas concebidas pela equipa da ex-presidente da Câmara, Ana Botella serão activadas com o novo protocolo “dentro de alguns dias”.

Há alguns meses, durante o último outono em Espanha, as autoridades madrilenas reduziram em várias ocasiões a 70 quilómetros por hora a velocidade nas vias rápidas que dão acesso à cidade.

Além disso, durante dois dias foi proibido estacionar dentro da área regulamentada com parquímetros.

Com o novo protocolo agora aprovado, poderá ser proibida a circulação de metade dos carros por cada dia, no centro expandido da capital espanhola, consoante a matrícula seja par ou ímpar.

A medida pode ser inclusivamente estendida à famosa M-30, o anel circular interno de Madrid, se a situação for crítica.

Táxis, motas e ciclomotores poderão circular normalmente.

Mas, em casos de poluição extrema, todos os carros particulares podem mesmo ser proibidos de circular, independentemente da terminação da sua matrícula.

Por outro lado, em circunstâncias excepcionais, como no regresso de um feriado prolongado, as restrições podem ser suspensas, mesmo que a qualidade do ar continue má.

Madrid viola o limite de dióxido de azoto fixado pela União Europeia desde 2010, ano em quee a regra entrou em vigor, e por isso arrisca-se a sofrer uma multa milionária – sem falar nos sérios problemas de saúde que a poluição provoca aos seus cidadãos.

Depois de dois anos de contínua redução, em 2015 os níveis de poluentes voltaram a subir, devido ao aumento do tráfego – presumivelmente, devido a uma melhoria da situação económica do país.

EcoD

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