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Cinco cidades míticas que já não existem

ickandgak / pixabay

Tikal é uma antiga cidadela maia nas florestas tropicais do norte do Guatemala

Pompeia, Persépolis, Mesa Verde, Cartago e Tikal já desapareceram. Atrás da sua beleza inquestionável, estão hoje mistérios que a arqueologia moderna não abandona. O que ainda haverá para descobrir, nestas cinco cidades míticas?

A história está cheia de cidades e civilizações que nasceram num dia – com traços únicos de arte e cultura – e desaparecerem noutro, de forma trágica e misteriosa.

A arqueologia permite que cidades, que pareciam perdidas para sempre, sejam agora desenterradas e estudadas, revelando segredos e lições acerca do nosso passado.

Numa viagem que nos leva da Itália à Guatemala, passando pelo Irão, Tunísia e EUA, vamos perceber o que levou ao declínio e desaparecimento de algumas das cidades mais enigmáticas da antiguidade.

Pompeia, Itália

Foi a 24 de agosto do ano 79 d.C. que ocorreu a tragédia que sepultou a cidade de Pompeia, perto de onde hoje é Nápoles, em Itália.

Os gases e a lava do monte Vesúvio destruíram a mítica cidade italiana, que é hoje um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo.

A cinza resultante do fenómeno vulcânico moldou e preservou tanto a cidade como os habitantes, cujos os corpos ainda hoje estão a ser descobertos.

Caitlín E. Barrett , uma arqueóloga da Cornell University que analisou vários locais arqueológicos em Pompeia, disse, citada pelo Discover, que os restos mortais nos dizem muito a cerca da nossa própria humanidade.

“São lembretes viscerais, não apenas da dor dos momentos finais, mas também da humanidade básica”, considerou a cientista.

Persépolis, Irão

A antiga cidade de Persépolis fica no sudoeste do Irão. Foi fundada no ano 518 a.C. por Dário, o Grande, o terceiro Rei – e um dos governantes mais importantes – do Império Aqueménida.

Persépolis era uma imponente cidade construída no meio do deserto, com colunas finas que sustentavam os tetos altos. Essas colunas tinham enormes touros – considerados o símbolo de Deus – esculpidos nas suas vigas.

A cidade era provida de um inovador sistema de irrigação subterrâneo chamado qanat. Uma grande parte do sucesso que o império teve deve-se, precisamente, a uma gestão cuidadosa da água.

O qanat está em uso até hoje, mas a cidade já não existe. Em 330 a.C. foi totalmente destruída por Alexandre, o Grande.

Mesa Verde, EUA

Mesa Verde, nos desertos do sudoeste do Colorado, nos EUA, abrigou mais de 3000 Puebloans Ancestrais, entre 550 e 1281 d.C., nas suas falésias.

As habitações e a arquitetura das belas casas de pedra esculpidas em penhascos ainda hoje são consideradas “impressionantes”.

O virtuosismo e as cores das pinturas na sua cerâmica são realmente muito bonitas”, disse Scott Ortman, um antropólogo da Universidade do Colorado.

A arte deixada para trás é bela, mas o colapso da sociedade, devido à seca, causou guerra entre o povo, com evidências de violência extensa.

Cartago, Tunísia

Cartago situa-se nos subúrbios de Tunes, capital da Tunísia. Ali, havia saunas, piscinas e mais de 100 salas de mármore.

Casa de Aníbal, um dos maiores comandantes militares da história, foi fundada pelos fenícios, no século IX a.C..

Foi recuperada pelos romanos, depois de em 146 a.C. ter sido incendiada nas Guerras Púnicas.

Mais tarde, no século VII d.C., a cidade foi destruída pelos invasores árabes.

Tikal, Guatemala

Tikal, uma antiga cidade maia nas florestas tropicais da Guatemala, floresceu entre 200 e 900 d.C., antes de ser abandonada.

Pensa-se que a cidade tenha alojado de 40 mil a 60 mil pessoas.

De acordo com Stephen D. Houston, um arqueólogo da Brown University, a cidade só foi capaz de sustentar uma população tão grande, devido à agricultura intensiva, nas terras pantanosas que a cercavam.

“Os palácios extensos mostram os prováveis ​​centros de governo, bem como pirâmides dedicadas a deuses antigos e outras que abrigaram os restos mortais dos grandes reis da cidade”, disse o arqueólogo, ao Discover.

Por volta do século IX d.C., a cidade foi abandonada, e para trás ficaram ruínas, hoje em dia, míticas.

Uma pesquisa recente sugeriu que a contaminação dos reservatórios antigos, devido a algas tóxicas, terá tornado a água da cidade imprópria para consumo.

ZAP //

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