/

Há 5 candidatos à presidência da Relação de Lisboa (e é provável que seja uma mulher a presidi-lo)

(dr) Tribunal da Relação de Lisboa

Tribunal da Relação de Lisboa

Pela primeira vez, são cinco os candidatos ao lugar de presidente da Relação de Lisboa, um dos tribunais mais importantes do país. Pela primeira vez também, é muito provável que seja uma mulher a presidi-lo.

A presidente interina que substituiu Orlando Nascimento quando este se demitiu, Guilhermina de Freitas, quer continuar no cargo e, de acordo com o semanário Expresso, já anunciou aos outros desembargadores a sua disponibilidade.

No entanto, a candidatura da atual presidente é encarada por muitos como uma espécie de continuidade do mandato de Orlando Nascimento. Neste sentido, Ana Azeredo Coelho, ex-presidente da comarca da Grande Lisboa Noroeste e ex-chefe de gabinete do Conselho Supe­rior da Magistratura, decidiu avançar com uma candidatura.

Na missiva, assume que a Relação de Lisboa “viveu episódios de enorme gravidade” e “viu-se confrontada com uma atenção mediática negativa sem precedentes”.

António Ferreira Almeida, o juiz mais antigo da Relação de Lisboa, que se vai jubilar para o ano, também decidiu integrar a corrida, com o objetivo de “romper com práticas há muito enraizadas”, com as quais, “ainda que discordando, a generalidade dos colegas se vai conformando”.

Na carta que enviou aos colegas, Ferreira Almeida afirma querer “virar a página” da Operação Lex.

Na mesma corrida, Moraes Rocha, presidente da 3ª secção do tribunal, garantiu aos colegas não depender de “qualquer braço tutelar” e afirmou que no último ano se recusou a participar na distribuição de processos “nos termos em que era levada a efeito”.

Fontes do tribunal consultadas pelo matutino garantem que estes dois candidatos não serão, à partida, grandes favoritos à vitória final.

Adelina Barradas de Oliveira é a única candidata que ainda não formalizou um lugar na corrida à presidência mas é vista como uma possível vencedora. Esta juíza considera que  a imagem que se colou ao tribunal da Relação de Lisboa depois do escândalo de corrupção – no qual Rui Rangel é suspeito de receber dinheiro para tentar influenciar decisões – “é triste” e “tem de ser revertida”.

As eleições acontecem no final de setembro.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.